Iniciada em fevereiro do ano passado, a ampliação da capacidade de tráfego da ERS-130 devem ficar prontas até novembro. A previsão inicial de conclusão era de dez meses. Porém, o Executivo precisou revisar os prazos de entrega devido à complexidade da obra, sobretudo pelo túnel que será erguido para substituir a rotatória da BRF.
A construção do túnel iniciou em fevereiro, após o município fazer o desvio do tráfego da rodovia pela via marginal construída à direita, no sentido Cruzeiro do Sul/Lajeado. O engenheiro do setor de projetos e vereador Isidoro Fornari Neto (PP) reconhece a dificuldade para efetuar a obra no prazo, mas garante que os trabalhos fluem “normalmente”.
“É uma obra bem mais difícil. Tivemos problemas com a profundidade das fundações. Fizemos alguns ajustes, então tudo isso reflete em prazos”, comenta. Segundo ele, correções dentro do projeto são normais, sobretudo por se tratar de uma construção de grande impacto para a mobilidade urbana.
Na manhã de ontem, 6, foram feitos ensaios para verificar a qualidade da estrutura do pavimento. A movimentação chamou atenção de quem cruzava pelo local. Alguns dos trechos “passaram” no teste e estão dentro das normas, enquanto outros precisam de ajustes.
Liberação de faixa
O governo municipal espera, até o fim de junho, liberar mais uma das vias marginais para o fluxo de veículos. As obras da pista estão em fase final de conclusão e auxiliarão numa melhor distribuição do trânsito na rodovia.
O trecho a ser liberado terá o fluxo no sentido Lajeado/Cruzeiro do Sul. Já a outra rua lateral, que hoje funciona em mão dupla a partir do trevo da BRF até o posto de combustíveis, será exclusivo na direção oposta.
Conforme Fornari, o trecho a partir da rótula de acesso à Estação Rodoviária até o posto está em melhores condições. “Pretendemos liberar toda a extensão. E as coisas tendem a funcionar melhor”, salienta.
Lentidão
Desde que as obras do túnel começaram, lentidões são registradas no trânsito em horários de maior movimento. Algo natural, na avaliação de Fornari. “Sempre tranca um pouco, sem dúvidas. Mas é um pouco menos de velocidade para que, depois, se tenha uma segurança maior”.
Outro problema é a falta de segurança para as pessoas que se arriscam ao atravessar a rodovia, nos horários de entrada e saída dos frigoríficos. As faixas de pedestres foram retiradas durante o avanço dos trabalhos.
Moradora das imediações do trevo da BRF há mais de duas décadas, Roseli Johann, 45, comenta que a situação piorou a partir da última semana. “É todo dia assim. Ficou ruim para quem tem horário”, comenta. Porém, entende ser uma obra benéfica ao município. “Tem poeira aqui todo dia para limpar. Mas faz parte”.
