A tecnologia é só um meio (nunca um fim)

Opinião

Rafael Zanatta

Rafael Zanatta

Head do Vibee Unimed

A tecnologia é só um meio (nunca um fim)

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De tempos em tempos presenciamos um grande salto na quantidade e qualidade das tecnologias que se colocam à disposição das pessoas para possibilitar a criação de coisas novas. Se você for analisar, nesses últimos anos percebemos uma série de tecnologias amadurecerem e tornarem suas aplicações mais conectadas ao dia a dia das pessoas.

Para ficar apenas em alguns exemplos, podemos citar a velocidade de processamento que tornou possível analisar grandes quantidades de dados de forma mais rápida, os novos aparelhos que se conectam à internet, a genética que ficou mais acessível e tornou possível uma saúde de precisão e, como não poderia deixar de citar, a inteligência artificial que está auxiliando na criação de conteúdos e tomada de decisões.

E é surpreendente notar como o amadurecimento dessas novas tecnologias está propiciando a criação de produtos e soluções inimagináveis até pouco tempo. Se você for olhar para trás vai perceber que a inteligência artificial “virou assunto” há menos de um ano e mesmo assim já temos incontáveis profissionais espalhados no mundo inteiro desenvolvendo soluções a partir dela.

E é nesse aspecto que precisamos ter muito claro qual o papel que a tecnologia deve desempenhar nas nossas vidas. A tecnologia não é um fim por si só. As pessoas não criam (ou pelo menos não deveriam criar) uma nova tecnologia porque ela é “bonita” ou “interessante”. A inovação que é o motor da criação destas novas tecnologias que estamos vendo sempre é fruto de um desafio que determinado grupo de pessoas está passando e não consegue resolver com as ferramentas existentes.

Entender que as tecnologias deveriam “servir” aos nossos desafios é uma abordagem muito mais promissora daquela que diz que estamos virando escravos delas. Infelizmente em alguns casos essa situação até pode ser verdade, mas se isso está acontecendo precisamos repensar e reorganizar rapidamente as nossas ações de modo a readequar essa equação.

O que se percebe é uma capacidade incrível de utilizarmos todas as inovações que estão surgindo para ampliarmos consideravelmente nossa qualidade de vida. Na saúde teremos condições de mapear geneticamente condições a fim de criar tratamentos especializados. Veremos os carros autônomos diminuindo acidentes e auxiliando na logística do mundo. A inteligência artificial vai automatizar tarefas que hoje consideramos tediosas e liberar espaço na agenda para usarmos nossa criatividade em coisas novas. E por aí vai.

Há de se ter, obviamente, um cuidado e estar sempre vigilante às externalidades negativas que o avanço de novas soluções pode acarretar, mas é impossível imaginar uma realidade onde as tecnologias não estejam presentes nas nossas vidas. Por isso, ter o entendimento que elas existem para servir aos nossos interesses, e não ao contrário, é condição fundamental para que possamos continuar apoiando o seu crescimento e melhorando a vida de cada vez mais pessoas.

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