Um dos eventos mais relevantes nas discussões empresariais gaúchas, o Tá Na Mesa – tradicional reunião-almoço da Federasul – explicitou ao mundo corporativo a urgência provocada pela crise da cadeia de proteína. O quadro de emergência foi apresentado aos líderes empresariais do estado pelo presidente da Associação Gaúcha de Avicultura, José Eduardo dos Santos e pelo presidente executivo da Dália Carlos Alberto Freitas.
O representante do Vale do Taquari foi enfático, ao falar sobre a necessidade de apoio do poder público ao setor para evitar um empobrecimento gigantesco em regiões nas quais a economia está baseada na produção de aves, leite e suínos.
Conforme Freitas, a ação mais urgente seria excluir a cadeia de proteína animal do programa que institui o Fator de Ajuste de Fruição (FAF) no RS. O FAF foi criado para estimular a aquisição de insumos no Rio Grande do Sul, resultando em maior tributação para compras de fora do Estado.
Outra medida emergencial seria em nível federal: a abertura de linhas de financiamento para capital de giro com prazo longo e taxa de crédito rural. “O Vale do Taquari quebra se não dermos a volta. Sem o apoio de ações do governo estadual, será difícil.”
Proposta formal e desafio fiscal
Elaborado pelo conselheiro da Federasul, Ardêmio Heineck, em carta entregue ao secretário Giovane Feltes durante o evento enumera os motivos da crise e aponta medidas de curto, médio e longo prazo. Feltes se disse ciente do problema e enumerou ações do governo gaúcho em benefício da cadeia de proteína, mas se mostrou pouco disposto a mexer em questões fiscais – como o fim da cobrança de ICMS sobre créditos fiscais presumidos correspondentes ao FAF.
Segundo ele, não se trata de falta de vontade política, mas de “limite do cartão de crédito.” Para o secretário, o Estado deve manter a política de austeridade para, no futuro, recuperar as condições de investimento. Uma ideia que tem lógica, mas insuficiente diante da urgência do cenário. O caso da cooperativa Languiru, enumerado na carta, ilustra o colapso iminente de um setor vital para a economia do Estado.
Startup Weekend Lajeado mira em soluções para a educação
A sede do Vibee Unimed recebeu na noite de terça-feira, 9, o lançamento oficial do Startup Weekend Lajeado 2023. O evento que é considerado uma fábrica de startups ocorre entre os dias entre os dias 22 e 24 de setembro em formato de imersão, na qual os participantes criam, validam e testam uma ideia de negócio de forma prática a ágil.
A edição deste ano tem como tema as Edtechs, startups voltadas para a educação. Diante dessa temática, os sócios da Educamente, Tiago Guerra e Fernanda Tavares, falaram sobre a trajetória da startup – que foi uma das vencedoras do 1º edital do Pro_Move Lajeado. Chamou atenção o bom número de professores e estudantes no lançamento – público diferente do habitual em eventos de inovação. Um sinal da assertividade na escolha do tema, que também reflete a urgência de encontrar soluções inovadoras para a educação.
RÁPIDAS
• Investir fora do Brasil – A próxima reunião-almoço da Acil está marcada para o dia 18 de maio e tem como tema “Investimentos Offshore: Cenário Internacional e Estruturas para Eficiência Fiscal e Planejamento Sucessório.” A aplicação de recursos fora do país, método usado por investidores que buscam fugir da instabilidade econômica brasileira, será abordada pelo diretor de Investimentos Offshore da XP Investments/Miami, Gabriel Jafet. Com vagas limitadas o evento tem inscrições abertas até o dia 17 de maio, no site sympla.com.br, ao valor de R$ 80 para associados da Acil e R$ 110 para demais interessados.
• Incentivo às Startups – O Sebrae lançou durante o Web Summit plataforma que pretende alavancar startups de todo o Brasil. O Sebrae Startups agrega iniciativas de capacitação, conexão e fortalecimento de negócios de base tecnológica no país, com a proposta de apoiar todas as etapas do desenvolvimento de uma empresa – desde o surgimento do conceito, passando por operação e tração, antes que o empreendimento se torne scale-up, até a nacionalização de projetos regionais com ajuda de parceiros públicos e privados. A expectativa do projeto é de atender cerca de 10 mil startups no Brasil ainda em 2023.