A Capital do Chimarrão comemora hoje mais um aniversário de emancipação. A tradição da erva-mate, tão simbólica na cidade, remonta ao início da colonização do município. O território, primeiro, era habitado por indígenas, em especial, nos arredores dos rios e arroios.
Os primeiros registros escritos de povoamento datam de 1762, com a compra de terras por Francisco Machado Fagundes da Silveira. Os dados são da administração municipal de Venâncio Aires e contam que a povoação do território se deu no início do século XIX, com a chegada dos primeiros imigrantes açorianos.
Eles se estabeleceram ao longo das margens do Rio Taquari e do Arroio Castelhano, onde desenvolveram a pecuária, exploraram a madeira e cultivaram a erva-mate. Já os primeiros imigrantes alemães só chegaram a partir de 1853 e se fixaram ao longo do Arroio Sampaio, localidade que passou a ser chamada de Estância Mariante.
Em 1849, Taquari se emancipou de Triunfo. Naquele tempo, Venâncio pertencia ao território de Taquari e era denominado Faxinal dos Fagundes. Algumas décadas depois, Santo Amaro se desprendeu de Taquari, em 1881, levando Venâncio junto. A primeira capela da comunidade foi erguida numa área de terras doada por Brígida Fagundes do Nascimento, neta do primeiro sesmeiro, Francisco da Silveira. O templo religioso começou a ser construído em 1876 e escolheu como padroeiro São Sebastião Mártir.
O município de Venâncio Aires foi instalado alguns anos depois, em 1891, quando uma nova igreja já estava em construção. A estrutura atual da Matriz, a segunda maior de estilo neogótico na América Latina, só começou a ser construída na década de 1920.
Nesse período também chegou a energia elétrica e as primeiras ruas começaram a ser traçadas e planejadas para o desenvolvimento da localidade, que, naquela época, já contava com mais de 17 mil habitantes. A denominação da cidade foi escolhida em homenagem ao advogado Venâncio de Oliveira Aires, natural de São Paulo, mas que foi radicado no Rio Grande do Sul.
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Chamado de “Museu de muitos donos”, o prédio abriga hoje o Museu de Venâncio Aires e foi construído em 1929. O design foi projetado por Simon Gramlich, o mesmo arquiteto da Igreja Matriz e foi encomendado pelo farmacêutico Goswino Storck
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Igreja São Sebastião Mártir em construção, em 1935. À esquerda, está o antigo prédio da prefeitura
FOTOS: Acervo Museu de Venâncio Aires e Losane Wazlawovsky
HÁ 20 ANOS
Inauguração do Centro de Saúde
Poço das Antas inaugurava o seu primeiro Centro de Saúde Municipal. O espaço recebeu R$ 227 mil em recursos federais, estaduais e municipais. No dia da inauguração, além de missa, a comunidade organizou apresentações artísticas e um teatro. A estrutura abriga ainda hoje o Posto de Saúde de Poço das Antas e continua sendo a principal referência na área para a comunidade.
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Arquivo Municipal de Lajeado/O Informativo