Torcida pela extinção da EGR

Opinião

Rodrigo Martini

Rodrigo Martini

Jornalista

Coluna aborda os bastidores da política regional e discussão de temas polêmicos

Torcida pela extinção da EGR

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Atualizado terça-feira,
09 de Maio de 2023 às 07:30

Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

Afora alguns “torcedores” desatualizados, os motoristas, os políticos, os moradores e outros tantos atores regionais torcem pelo fim da Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR), uma estatal criada pelo ex-governador Tarso Genro (PT) há mais de 10 anos e que nunca mostrou exatamente ao que veio. A situação degradante pela qual milhares de pessoas passam todos os dias nas rodovias mantidas pela EGR é uma insistente piada de mau gosto.

E o “álibi” de que tudo seria diferente com a manutenção do chamado “conselhão” não cola mais. Os diversos relatos de veículos danificados pelos incontáveis buracos, desníveis ou borrachões na pista de rodagem já seriam suficientes para dar fim à insustentável empresa pública.

Mas a atual gestão estadual vai completar quatro anos e meio de mandato sem solucionar o problema amplamente debatido na campanha de 2018. E sem perspectivas a curto prazo. Diante do descaso e da insegurança, só nos resta seguir na torcida pela extinção da EGR e pela implantação de uma concessão harmoniosa com o custo do pedágio.

Crédito: Mateus Souza


Um futuro ao antigo curtume

A cidade do Cristo Protetor precisa reavaliar o principal acesso ao município. E isso passa pelo reaproveitamento da histórica – e abandonada – estrutura que pertencia ao Curtume Aimoré. O prédio está localizado a poucos metros do pórtico de entrada, na Av. Padre Anchieta. Hoje é um “cartão-postal” indesejado, mas com potencial para ser restaurado e voltar a gerar renda, emprego e riqueza para a comunidade regional.

Não é um processo simples. Incorporar uma edificação privada ao poder público demanda uma série de negociações e análises sociais e jurídicas. Mas é possível. O Legislativo municipal também cobra ações neste sentido. Por meio de uma indicação assinada pelos vereadores Duda do Táxi (MDB), Andressa de Souza (MDB) e Valdecir Gonzatti (MDB), a câmara pede ao Executivo que “examine a possibilidade de compra, desapropriação ou, preferencialmente incentivos, inclusive tributários, que possam ser ofertados para que a iniciativa privada adquira e explore o local”. Os parlamentares sugerem, também, o uso de recursos decorrentes de alienações ou desafetações de prédios públicos para investimentos no local.


TIRO CURTO

• Pré-candidato a prefeito, Carlos Ranzi (MDB) não aceitará ser o postulante a vice em uma eventual (re) conciliação com o PT. E isso é um problema. Afinal, Sérgio Kniphoff (PT) também pensa da mesma forma. E o PP só observa.

• O Ministério Público ainda analisa casos regionais de empresas que supostamente orientaram os votos dos funcionários no pleito geral de 2022.

• Em Encantado, uma das discussões gira em torno do futuro do PP. Há quem diga que a escolha de Enoir Cardoso como candidato a prefeito, em 2020, foi uma “derrota calculada”. Há quem diga, também, que tal estratégia serviu para preservar Paulo Costi (PP) de um confronto com o saudoso ex-prefeito, Adroaldo Conzatti. E há quem torça por uma aliança entre PSDB e PP em 2024.

• “Nem tudo que é legal, é moral”. A frase é do presidente da câmara de Encantado, Sander Bertozzi (PP), e tem a ver com o modelo de pagamento de diárias naquele Legislativo. Faz todo sentido. Uma pena que outros tantos colegas do Progressista não concordam com a verdade.

• Já na câmara de Arroio do Meio, destaque para os suplentes Fernando Kuhn e Michele Zanotelli, ambos do MDB, que ingressaram nos lugares de Rodrigo Kreutz e Adiles Meyer, do mesmo partido, durante licenças por 60 e 30 dias, respectivamente. Um movimento estratégico da sigla.

• A Amvat anuncia uma assembleia extraordinária para o dia 1° de junho, na CIC de Teutônia. O encontro vai contar com a presença da nova diretoria da Languiru.

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