Autoridades monitoram o Rio Taquari e afluentes diante do alerta de elevação dos níveis e risco de transtornos. Ainda na quinta-feira, 4, a Defesa Civil do RS emitiu boletins meteorológicos que indicam chuva intensa no fim de semana.
As condições climáticas elevam a preocupação com moradores em áreas ribeirinhas. Apesar do indicativo das áreas de instabilidade persistirem, a Defesa Civil de Lajeado descarta risco de enchente. De acordo com o coordenador Gilmar Queiroz, a chuva mais intensa foi em períodos intercalados.
“Mesmo que em Lajeado o acumulado nessa sexta-feira tenha sido próximo de 100 milímetros, nas cabeceiras choveu menos e isso permitiu a melhor vazão do Rio Taquari, o que afasta as condições para cheia”, observa Queiroz.
Ainda assim, as autoridades mantêm o monitoramento constante. “Acompanhamos o sistema eletrônico de medição, que traz dados de vários pontos do Rio Taquari e também as réguas físicas para uma apuração manual.” A estratégia implementada pela Defesa Civil na região visa identificar situações de risco e adotar ações para evitar maiores danos aos ribeirinhos. O aperfeiçoamento do sistema decorre por lições da enchente em julho de 2020.
Ar quente intensifica a chuva
De acordo com a MetSul Meteorologia, a instabilidade é favorecida por uma área de menor pressão atmosférica e o avanço de ar quente pelo Norte do RS. As projeções para o fim de semana indicam a formação de nuvens mais carregadas.
Segundo o instituto, são esperados dois momentos com precipitação volumosa. O primeiro deles neste sábado, quando podem ocorrer temporais localizados. Também não se descarta períodos com presença de sol entre muitas nuvens.
Já no domingo, o avanço de frente fria favorece para instabilidades. Os acumulados podem superar os 30 mm. A expectativa é que o sol volte a predominar na terça-feira, 9. Com a presença do ar seco e frio, as temperaturas durante as noites e madrugadas tendem a ficar amenas, com mínimas de 10ºC em pontos do Vale.
Retorno do El Niño
Após quatro anos com incidência do fenômeno La Niña, que provoca o resfriamento do Pacifico e compromete a formação de áreas de instabilidade, especialistas indicam o retorno do El Niño. Esse por sua vez, tem por características contribuir na chuva com mais frequência.
Em um primeiro momento a projeção é que o fenômeno traria interferências nas condições do tempo a partir do segundo semestre. Agora, novos modelos indicam que já pode impactar com o aumento da chuva nos próximos 30 dias.