Pesquisa revela grau de satisfação de moradores com os bairros

RADIOGRAFIA DE LAJEADO

Pesquisa revela grau de satisfação de moradores com os bairros

Estudo aponta que 94% dos entrevistados avaliam de forma positiva a qualidade de vida nas localidades onde residem. Relatório da Macrovisão faz parte do projeto “Lajeado – Um novo olhar sobre os bairros”. Segurança aparece em destaque, enquanto ausência de ciclovias é criticada

Pesquisa revela grau de satisfação de moradores com os bairros
Estudo aprofundou o olhar dos moradores sobre diferentes aspectos dos seus bairros. Crédito: Aldo Lopes
Lajeado

Os moradores de Lajeado, num contexto geral, estão satisfeitos com os seus bairros. Pesquisa desenvolvida pela Macrovisão, contratada pelo Grupo A Hora, aponta que 94% dos entrevistados avaliam a qualidade de vida das localidades como boa ou muito boa. Menos de 1% consideram as condições atuais como “ruins”.

Braço do projeto “Lajeado – Um novo olhar sobre os bairros”, iniciativa do A Hora em parceria com a Imojel, a pesquisa ouviu 620 pessoas entre os dias 4 e 23 de março, em toda a cidade. O grau de confiança é de 95%. O relatório busca justamente conhecer o olhar da população sobre os serviços públicos prestados pelo Executivo e as condições de vida existentes nos bairros.

Conforme o diretor da Macrovisão, Lucildo Ahlert, os resultados retratam, de forma geral, o cenário atual da avaliação dos serviços públicos e aspectos de qualidade de vida. Também apresenta observações sobre o significado de morar, os pontos positivos, problemas e anseios dos entrevistados em relação ao bairro que residem.

Entre os principais pontos positivos dos bairros relatados na pesquisa, moradores destacam a segurança, a tranquilidade, a proximidade dos mercados, o acesso a serviços básicos e a presença de postos de saúde nas imediações. Já os terrenos sem limpeza aparecem como o maior problema, seguido da drogadição e o tráfico, ruas e calçadas em más condições e falta de calçamento e asfalto nas vias.

Na análise sobre os anseios a serem resolvidos nos bairros, o melhoramento e conservação das ruas é o mais lembrado, seguido pela pavimentação de todas as vias, a organização da limpeza de terrenos, adequação de calçadas e dos postos de saúde, bem como a instalação de novas unidades.

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Pertencimento

Para Ahlert, o índice positivo na avaliação da qualidade de vida não significa que não existam problemas nos bairros. Para ele representa sobretudo o sentimento natural dos moradores sobre a localidade. “Quando eles moram em um determinado local, não querem sair e que os bens não percam valor. É a querência deles”, frisa.

O diretor da empresa responsável pela pesquisa também ressalta que, conforme o bairro, essa percepção também muda. “Se olhar especificamente para cada localidade, em alguns o índice vai estar mais negativo e em outros, positivo. De forma geral, é satisfatório, mas quando se analisa de forma individual é que aparecem os problemas”, pontua.

Os serviços públicos também foram avaliados na pesquisa, numa escala que vai de 1 (péssimo) a 5 (ótimo). A média geral foi de 3,42. O abastecimento de água foi o único a passar dos quatro pontos. A pior avaliação ficou por conta das ciclovias (2,66).

Segundo levantamento

Das 620 pessoas que participaram da pesquisa, 53,1% são do sexo feminino, maioria no questionário. Já a faixa etária predominante é dos 35 aos 45 anos, o que representa 22,3% do total. Quanto ao grau de instrução, 31% possuem o ensino médio completo. Por fim, quase metade dos entrevistados (45,3%) possuem renda média de um a três salários mínimos.

Na pesquisa, os bairros da cidade foram divididos em 17 setores. A divulgação detalhada dos dados por localidade ocorrerá sempre nos cadernos mensais do projeto “Lajeado – Um novo olhar sobre os bairros”. No começo de 2024, um novo levantamento junto à comunidade será feito pela Macrovisão.

Segundo Ahlert, muitas pessoas ainda associam pesquisas deste viés com o poder público, por isso muitos dos problemas citados estão relacionados às atribuições do Executivo municipal. “Citam e pensam que logo em seguida pode sair a solução. Acredito que a próxima pesquisa vai ter uma conotação com olhar bem mais geral. A população vai enxergar que existe vida além do poder público”.

 

 

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