Nove municípios do Vale tiveram atualizações dos seus limites territoriais. A revisão foi feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a partir de um aprimoramento da visualização de fronteiras. Os dados de processamentos compreendem o período entre 1º de maio de 2021 e 31 de julho de 2022. O Rio Grande do Sul é o estado com mais revisões (61).
A maior parte das cidades da região que constam na lista tiveram redução territorial pela atualização. Porém, são dados pouco significativos, conforme o coordenador da agência do IBGE de Veranópolis – que atende parte dos municípios do Vale –, Gleidson Comachio. Segundo ele, tratam-se de “ajustes pontuais” nos limites.
“Não há impactos previstos. Tivemos alguns municípios afetados, mas sem grandes alterações. Foram feitas algumas correções cartográficas, mas nada que atinja domicílios ou que vá alterar a população das cidades envolvidas. E mesmo se pegar, seriam pouquíssimos domicílios”, comenta Comachio.
No documento de divulgação, o IBGE não detalha se houve redução ou aumento da área territorial dos municípios. A reportagem, porém, buscou dados nos arquivos do IBGE e constatou que as revisões diminuíram a extensão de cinco cidades do Vale: Anta Gorda, Arvorezinha, Doutor Ricardo, Pouso Novo e Relvado.
Ajustes
Na atualização do cálculo da área territorial para 2022, a extensão territorial do Brasil cresceu 72,2 quilômetros quadrados. Hoje, está em 8,510 milhões de quilômetros quadrados de extensão. Porém, o IBGE ressalta que esse incremento não representa ganho de território, pois se deve sobretudo a edições de trechos da fronteira internacional do país em quatro estados.
Conforme o órgão, a atualização contempla três estudos: a Malha Municipal Digital, que é é um conjunto de arquivos digitais da representação de todos os municípios brasileiros e da área total do país. Esse estudo subsidia os mapas municipais e novos valores de áreas territoriais.
“As atualizações acontecem a partir da publicação de nova legislação, decisão judicial e relatórios/pareceres técnicos confeccionados pelos respectivos órgãos estaduais responsáveis pela divisão político-administrativa de cada estado e encaminhados ao IBGE”, explica o coordenador de Estruturas Territoriais do IBGE, Roberto Tavares.