Por que as  empresas quebram?

Opinião

Rafael Zanatta

Rafael Zanatta

Head do Vibee Unimed

Por que as empresas quebram?

Você já deve estar cansado de ouvir que existe uma grande transformação nos negócios acontecendo e que a velocidade dessas mudanças está deixando muitas empresas numa situação desconfortável e, na maioria das vezes, sem saber o que fazer.

Já escutei muitas vezes pessoas falando que “no passado aquela empresa era muito grande, mas o dono não soube administrar e então ela quebrou”. Mas como assim? Ele sabia administrar ela para fazê-la crescer e de uma hora para outra deixou de saber?

O que acontece nessas observações mais superficiais é que as pessoas olham simplesmente para a organização e esquecem de olhar o ambiente no qual ela está inserida. Fica fácil entender a quebra de uma empresa tradicional quando você percebe que naquela época não foi o dono que deixou de fazer as coisas que sempre fazia, mas sim o modelo de fazer negócios que mudou e o proprietário simplesmente não tinha as habilidades para navegar daquela forma.

Ou seja, o gestor continuou fazendo as mesmas coisas que o levaram até ali, mas essas ações simplesmente não geravam mais o resultado necessário e não havia novas ideias do que fazer para contornar essa situação.

E é aqui, nessa mesma situação, que os gestores atualmente estão. Numa realidade que até o passado é incerto e que a forma de se fazer negócios muda o tempo inteiro, é preciso trabalhar habilidades que vão além de repetir uma fórmula diariamente. Grandes gestores se destacam e conseguem levar suas embarcações para longe das tempestades porque perceberam que precisam testar coisas novas e que se fizerem mais do mesmo ficarão pelo caminho.

E isso tudo porque atualmente não vemos apenas novos produtos e serviços surgindo numa velocidade absurda. Existem também transformações relevantes na forma como fazemos negócios, o famoso “modelo de negócios”.

Antigamente você tinha um distribuidor que detinha a exclusividade sobre determinada região e era isso. Não havia muitos produtos competidores então o consumidor era refém de quem ofertava. Hoje, com um clique no celular, você recebe na sua casa o que quiser e de qualquer lugar do mundo. Não é novidade isso que estou falando, mas vários gestores ainda não se deram conta disso e ainda esperam ansiosos que isso acabe, quando na verdade só vai aumentar.

Meu conselho? Participe ativamente de discussões sobre a evolução dos negócios. Leia, se interesse pelo tema. A gente costuma olhar para os nossos negócios e se perguntar o que poderia mudar, mas a mudança sempre começa pelas pessoas, pelo consumidor que tem uma dor e ninguém está prestando atenção. Olhe para o seu consumidor de forma atenta e você vai saber o que precisa fazer para manter seu negócio saudável.

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