A recuperação de uma das pontes pênseis em Forqueta, próximo à Igreja de Pedra, depende de um acordo entre os proprietários de áreas privadas que dão acesso à antiga travessia que liga o distrito à localidade de Linha Perau, em Marques de Souza. Ambos os governos avaliam desde agosto a reforma.
Entre as duas localidades são duas travessias. Uma delas está interditada há cerca de quatro anos. Com a enchente do Rio Forqueta, parte da estrutura de concreto que suportava um dos pilares cedeu e impediu a travessia utilizada há décadas pelos moradores e ciclistas. Já a estrutura metálica se deteriorou com o tempo.
Ambos os municípios, após reuniões, encaminharam levantamentos técnicos de setores de engenharia e orçamentos para viabilizar as reformas. Uma avaliação prévia apontou para a necessidade de um novo projeto e uma nova passagem de madeira e aço sobre o leito da água em uma extensão de 190 metros.
Porém, um dos impasses, ao lado de Marques de Souza é a construção de um acesso até o local. Muitas das famílias são contrárias, pois em anos anteriores houve prejuízo às lavouras com o acesso irregular de veículos e até registro de furto em pomares e plantações de milho e soja.
O antigo travessão, ainda utilizado por agricultores, é de propriedade particular, cortando áreas das famílias Simonis e Beuren.
Outro fator, mencionado por ambas gestões, é a ausência de empresas especializadas na construção dessas estruturas, por se tratar de uma passagem sobre o leito de água e em um dos lados necessitar de uma nova base de concreto e um pilar de sustentação. Uma das pontes pênseis, ainda utilizada, está localizada entre o Camping do Irineu, em Arroio do Meio, e nas propriedades da família Stracke e Delavald, em Linha Perau. Os reparos nessa estrutura são frequentes, como a troca de madeiras e reforço nos cabos de aço que fazem a sustentação.
Requerimento na câmara
O tema é recorrente nas sessões da câmara de vereadores. Um dos últimos requerimentos foi de autoria de Cesar André Kortz (MDB). Ele externou a preocupação de moradores com a segurança das travessias, após o acidente ocorrido em Torres, em fevereiro.