Produtores se dividem entre desconfiança e crença da recuperação da Languiru

CRISE NA COOPERATIVA

Produtores se dividem entre desconfiança e crença da recuperação da Languiru

Reportagem percorreu o interior da região, em contato direto com os associados. Foram visitadas propriedades e também contatados produtores de diversos municípios

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Produtores se dividem entre desconfiança e crença da recuperação da Languiru
Foto: Filipe Faleiro

A reportagem percorreu o interior da região, em contato direto com os associados. Foram visitadas propriedades e também contatados produtores de diversos municípios. Foi adotado como critério o sigilo de fonte, inclusive a pedido dos próprios entrevistados.

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A sensação dos produtores se divide entre desconfiança e crença de que a cooperativa vai se recuperar. Em Estrela, um dos agricultores afirma: “todas empresas passam por momentos de dificuldade. A Languiru vai se recuperar.”

Fornecedor de leite à indústria, é associado faz quase 50 anos. “Nenhuma vez houve atraso. Recebo em dia e com preços melhores que outras empresas.”

Em Coqueiro Baixo, um produtor se diz desconfiado. “Fui olhar na conta e tinha pouco dinheiro. Também não recebi a nota fiscal. Vou precisar conferir tudo.”

Insegura quanto aos pagamentos, uma agricultora consultou o técnico agropecuário. “Ele me disse que há muitas notícias falsas e que a parte do produtor está garantido.”

Em comunicado aos associados em 16 de janeiro, por meio de vídeo, o presidente Dirceu Bayer reconheceu as dificuldades e os atrasos de pagamento aos fornecedores e terceirizados. No material, relata que os débitos estão em renegociação. “Nosso produtor será preservado e a Languiru continuará firme e forte.” Da mesma forma, se comprometeu com o sistema bancário, fornecedores e funcionários. “Isso tudo gera dúvidas, mas estamos imbuídos em executar esse programa de reestruturação.”

A presidente do STR Teutônia e Westfália, Liane Brackmann, destaca a preocupação das famílias com os financiamentos. “Muitos produtores investiram em chiqueirões, aviários, na automação no segmento do leite. Precisamos de transparência, para saber como essas questões vão ficar.”

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