Atravessar a BR-386 no trecho Olarias/Bom Pastor causa incômodo para pais com filhos matriculados em escolas das proximidades. O motivo é a desistência de topiqueiros em assumir a tarefa de levar e buscar os pequenos.
Famílias relatam que os motoristas particulares não aceitam o trajeto. Compreensível. Os horários de pico, no início da manhã e no fim da tarde, torna o transporte arriscado e eles não querem assumir essa responsabilidade pelo risco de acidentes.
Sem dúvida a duplicação trará muito mais segurança. Separa o t Qualquer obra sempre causa impactos, porém, enquanto as vias paralelas da rodovia não são liberadas para trânsito, famílias precisam “arranjar um jeito”.
Há quem prefira levar as crianças a pé. O que também se torna uma aventura. Vale lembrar, a passagem tanto de veículos quanto pedestres ficará nas imediações da Florestal, distante do ponto de maior movimento de residentes.
Transporte municipal
Para alunos do Ensino Fundamental matriculados na rede de Lajeado, o Executivo garante o pagamento das passagens em coletivos destinados para o transporte escolar. Acontece que há famílias que saem mais cedo para trabalhar em indústrias e não podem esperar o ônibus dentro do horário da linha. Então, a alternativa seria os topiqueiros. Um grupo de motoristas inclusive esteve com integrantes do governo e a resposta desagradou. Esse é um assunto que ainda terá desdobramentos.
Cobrança das famílias
Outro tem em voga é o contraturno. A rede municipal tem cerca de 11 mil alunos. Atende educação Infantil, Fundamental Anos Iniciais e Finais. Muitas crianças ficaram de fora do atendimento em turno oposto, projetos Vida e contraturno. Há um grupo de pais que organiza manifestação na câmara de vereadores. Não ocorreu nessa terça devido ao luto pela morte da ex-prefeita Carmen Regina. Também pretendem levar o assunto para o Ministério Público.
Ainda sobre ensino
Conforme a presidente do Sindicato dos Professores Municipais de Lajeado, Rita Quadros da Rosa, há uma desistência crescente de professores. Com o crescimento populacional de Lajeado, atrair docentes à rede é mais do que uma necessidade, é uma exigência.
Em participação na reunião das comissões no Legislativo, a dirigente apresentou informações valiosas sobre o tamanho da dificuldade. Em todo o país, o número de estudantes que ingressam em cursos superiores voltados à docência por ano é duas vezes menor do que o número de profissionais que deixam a carreira todos os anos. Sem professor não existe educação. Reverter isso não depende só do município, é preciso ações em todas as esferas.