CIC busca audiência para avançar debate sobre concessões

DISCUSSÃO RETOMADA

CIC busca audiência para avançar debate sobre concessões

Intenção é se reunir com o novo secretário de Parcerias, Pedro Capeluppi. Uma das principais reivindicações consiste na implementação do pedágio por free flow

CIC busca audiência para avançar debate sobre concessões
Praças de pedágio da região têm baixa base arrecadatória, o que resulta em um custo mais elevado na tarifa. Crédito: Felipe Neitzke
Vale do Taquari

A Câmara de Indústria, Comércio e Serviços do Vale do Taquari (CIC-VT) busca audiência com o governo do estado para retomar o diálogo sobre a concessão das rodovias estaduais na região. Aprimorar o projeto elaborado ainda na gestão passada será a principal reivindicação, com destaque para o pedido de implementação do sistema free flow – cobrança por quilômetro rodado.

Uma solicitação de audiência foi encaminhada ao novo secretário de Parcerias do RS, Pedro Capeluppi, pelo presidente da CIC-VT, Ivandro Rosa. No ofício, exalta o papel e a força da entidade, que congrega 20 associações, e a importância do assunto, considerado estratégico para o desenvolvimento da região.

Segundo Rosa, a ideia é sentar e conversar com o governo antes que se publiquem novos editais. “Vamos esquecer as coisas que não deram certo e focar em que nos aproxima. Precisamos da concessão e dessas obras no Vale, mas com preços mais adequados”, salienta.

Conforme Rosa, a implementação do free flow aumentaria a base arrecadatória das praças de pedágio da região e, consequentemente, possibilitaria mais obras nas rodovias. “Sem um alto fluxo, o valor fica muito caro. Por isso precisamos de uma tecnologia mais moderna. Isso melhora a performance do contrato”, frisa.

Em relação a arrecadação, cita o exemplo da BR-386, cuja média diária do fluxo de veículos é de 30 mil. Além disso, no pacote da concessão federal, também estão outras rodovias, como a Freeway. “Nesse caso, a base arrecadatória é muito grande. E aí vemos a CCR fazendo obras em grande volume. Não conseguimos visualizar isso nas estaduais, com médias de 6 mil, 7 mil por dia”.

Exemplo da Serra

Para o presidente da CIC-VT, a região precisa estar mobilizada para que não se tenha uma repetição da concessão do bloco 3, que congrega rodovias da Serra e do Vale do Caí. A baixa concorrência resultou em encarecimento da tarifa de pedágio. A tarifa da praça de Portão, por exemplo, vai passar de R$ 6,50 para R$ 11,80 em ambos os sentidos – hoje, ocorre em somente um.

Além disso, para Rosa, é necessário rediscutir onde serão alocados os recursos. “Da forma que está, a quantidade de obras não atende nossas necessidades. Trata-se de uma concessão de 30 anos, e não pode a duplicação de Lajeado a Venâncio Aires ser somente no 20º ano. Então, não é apenas o free flow que vamos discutir. Ele é uma peça-chave para melhorar o desempenho do plano”.


Regulamentação  do free flow

– Aprovada em dezembro pelo Contran, a regulamentação do free flow entrou em vigor em 2 de janeiro. Nele, motoristas podem trafegar sem necessidade de parar nas praças de pedágio;

– Com o sistema, é possível a identificação automática e eletrônica dos veículos através de pontos com sensores ao longo da rodovia. No Brasil, a BR-101 (trecho Rio-Santos), deve ser a primeira a ter o modelo adotado;

– Nas rodovias com free flow, devem ser instaladas placas de sinalização vertical de indicação ao longo da via, de forma a garantir que o usuário tenha ciência da cobrança.

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