Ambidestria organizacional

Opinião

Albano Mayer

Albano Mayer

Administrador de Empresas, Empresário, Consultor e Assessor de Gestão

Entusiasta do tema liderança

Ambidestria organizacional

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A vida do gestor empresarial não é nada fácil. Passamos boa parte do nosso tempo apagando incêndios, correndo atrás das metas financeiras que precisamos alcançar e atendendo a demandas da equipe para as quais às vezes não estamos preparados. Com isso, ainda precisamos dedicar um precioso tempo para evoluirmos, aprimorando mais as nossas capacidades para entender o que está mudando no mundo organizacional.

Um novo conceito que vem tendo destaque na administração moderna, no mundo das startups e da economia criativa é o da “Ambidestria Organizacional”. Mas o que é isso? Em tempos de copa do mundo, ambidestro é aquele atleta que chuta ou que dribla com as duas pernas, direita e esquerda. Mas, em uma empresa, quais são as nossas duas opções? Neste conceito que tem se firmado, de um lado temos a gestão com eficiência operacional e, de outro, a disrupção e a inovação empresarial.

Gestão e eficiência são assuntos amplamente debatidos; já foram desenvolvidas e aplicadas muitas ferramentas em décadas de estudos empresariais. Os profissionais têm características já claramente definidas. Conceitualmente, este lado da ambidestria reforça as condições de otimização e melhoria do processo, uma vez que está focada em atingir o resultado financeiro e garantir a rotina organizacional.

Inovação empresarial e disrupção, de outra parte, são temas muito modernos, ainda sendo experimentados nos ambientes empresariais. Embora a inovação tenha um longo tempo de estudos da aplicação das suas metodologias, tem sido mais latente a necessidade da sua aplicação nos últimos anos. No lado da disrupção, os autores relatam a necessidade de desbravar, conquistar novos campos de consumo, novos produtos, novas possibilidades de entrega ou mesmo novos negócios.

E como podemos aplicar a ambidestria organizacional?

Passamos a ter uma nova e importante competência a ser desenvolvida nos gestores empresariais: estes precisam identificar as necessidades e ações dos dois lados da organização, dimensionar estratégias que possam fortalecer a gestão e a rotina empresarial, mas também a inovação e o desbravamento dos negócios da organização.

E como iniciamos as práticas de ambidestria?

Primeiro precisamos revisar o nosso negócio, propósito, cliente e mercado de atuação, um bom tema a ser discutido neste momento de planejamento estratégico. A partir desta análise, vamos identificar quais serão os nossos gaps na gestão da operação e rotina. Por outro lado, devemos olhar para o caminho a ser desbravado, pensando nas novidades a serem implementadas na nossa organização, e, assim, definimos as práticas e estratégias de inovação.

Como na vida esportiva, a ambidestria não é apenas um talento. Ela exige preparo e muito treino. Cabe a você, agora, a dedicação para se transformar em um gestor ambidestro.
Boa jornada!

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