Com as 570 novas vagas criadas em outubro, o Vale do Taquari alcança a marca de 6 mil postos de trabalho abertos ao longo do ano. Os dados constam no relatório do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado ontem, pelo Ministério do Trabalho e Previdência. Já são dez meses consecutivos de saldo positivo na região.
Ao todo, foram 4,7 mil admissões e 4,1 mil demissões ao longo do mês anterior. Das 38 cidades do Vale, 22 registraram saldo positivo em outubro, enquanto 13 fecharam o mês com desempenho negativo. Outros três – Canudos do Vale, Coqueiro Baixo e Ilópolis – registraram o mesmo número de contratações e de desligamentos.
Entre as cidades que mais geraram vagas em outubro, estão Lajeado (217), Encantado (119) e Teutônia (87), que puxam a lista em números absolutos. Santa Clara do Sul e Poço das Antas se destacaram com as maiores variações relativas. Ambos criaram 30 e 27 novos postos, respectivamente.
Já na outra ponta do relatório, Arroio do Meio foi a cidade que mais teve fechamento de vagas em outubro. Foram 37 demissões a mais do que admissões. Taquari, com saldo de -12, e Progresso (-10) aparecem logo depois.
Estoque recorde
Em outubro, o país registrou um saldo positivo de 159,4 mil postos formais criados e chegou ao recorde de 42,9 milhões de empregos com carteira assinada. Assim como em setembro, o resultado positivo foi distribuído em todo o país e em todos os setores da economia.
Todos os estados tiveram saldo positivo, como o Rio Grande do Sul, que teve mais 13,8 mil postos criados no mês. Numa análise por setor, destaque para o ótimo desempenho do setor de serviços, com geração em outubro de 91,2 mil vagas formais.
Retomada
A economista Cintia Agostini destaca que a região se recupera a pleno após dois anos ruins devido aos efeitos da pandemia, ainda que o impacto não tenha sido tão grande quanto em outras localidades. “Quando olhamos para o Vale, não é parâmetro para o resto do país. Aqui a taxa de emprego é grande. A retomada primeiro ocorre nos setores produtivos, da indústria, e depois vem para os serviços”, avalia.
Para os últimos meses do ano, Cintia mantém a expectativa positiva, o que já é uma tradição do período na região. Mas o cenário para os primeiros meses de 2023 é incerto. “No fim de ano, falamos das particularidades da venda, das festas, das férias. As pessoas viajam, compram presentes de Natal. Já o início do próximo ano estará muito condicionado aos investimentos no setor privado e também a entrada do novo governo. E também atrelado à lógica internacional”.
Empregabilidade no Vale – 2022
Janeiro: 672
Fevereiro: 1.232
Março: 497
Abril: 314
Maio: 466
Junho: 566
Julho: 668
Agosto: 230
Setembro: 785
Outubro: 570
Total: 6 mil