Imagem e som

Opinião

Júlia Amaral

Júlia Amaral

Jornalista

Colunista do Caderno Você

Imagem e som

Por

Estrela

Uma vez eu li algo sobre a “pequenez da vida que a arte exagera”. O livro era “O sentido do fim”, de Julian Barnes. Fiquei muito tempo pensando sobre como um texto, uma foto, uma música ou um filme são capazes de engrandecer aquilo que passa despercebido por nossos olhos e o quanto quem é capaz de fazer isso é esperto, sensível e necessário.

Para mim, de todas as manifestações artísticas, talvez a mais completa e mais acessível seja o audiovisual. Quem não sabe ler pode ver e ouvir, quem não ouve pode ver e ler legendas, quem não vê pode ouvir. Sem contar que a linguagem, quando simples e direta, pode alcançar um grande número de pessoas e emocionar, conscientizar, entreter.

Um filme que motivou boas gargalhadas na infância se torna nostálgico na vida adulta. As imagens que já foram apenas um registro sem compromisso de um encontro de amigos trazem à tona algumas lágrimas represadas. A vida de alguém que você nunca se importou, de repente, ganha uma importância tremenda.

Para despertar essas emoções, a produção precisa ser verdadeira. Tanto quem filma quanto quem aparece no filme precisa ser real. E foi assim que os estudantes da Univates, que hoje fazem parte da reportagem principal do Você, atingiram tanta gente, conquistaram elogios e fizeram alguns chorar de saudade ou de tristeza.
Seja uma obra ficcional ou um documentário, toda história deve ser contada com verdade. O que causa emoção é identificação com o personagem, é a forma como o enredo consegue fazer você sentir o que aquela pessoa na tela, que talvez seja desconhecida, está sentindo.

Estar disposto a entender e sentir o que o outro sente parece, pelo menos, interessante hoje em dia. E um bom filme pode pegar uma pessoa indisposta ou indiferente desavisada. Hoje apresentamos duas obras muito bem produzidas, que vão despertar diferentes emoções, e ninguém pode dizer que não avisamos.

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