Rede Encomendas chega aos 25 anos movida por agilidade e experiências

O Meu Negócio

Rede Encomendas chega aos 25 anos movida por agilidade e experiências

Reconhecida pela qualidade na entrega de mercadorias, empresa comemora bom momento. Com passagem pelo mundo da moda, diretora de Pessoas, TI e Marketing é uma das peças-chave do negócio

Rede Encomendas chega aos 25 anos movida por agilidade e experiências
Mariana Noll entrou na empresa recentemente, após período nas passarelas e experiência em multinacional. Crédito: Mateus Souza
Lajeado

Uma empresa que é a cara de muitas pessoas. Assim é definida a Rede Encomendas. Há 25 anos no mercado, atua no segmento de transporte rápido de mercadorias e hoje é reconhecida pela agilidade e qualidade no serviço. Com sede em Estrela, atende quase 100 municípios, com clientes de diferentes segmentos e portes.

Por trás do sucesso da empresa, estão diferentes profissionais. Entre eles, a diretora de TI, Marketing e Pessoas, Mariana Noll. Filha do diretor e fundador, Paulo Eugênio Noll, ela acompanha o negócio desde os primeiros anos. Mas só foi mergulhar de cabeça a partir de 2020, após experiências como modelo profissional e também em uma multinacional.

Mariana foi a entrevistada dessa semana em “O Meu Negócio”, programa multiplataforma do Grupo A Hora. Na ocasião, contou um pouco da história da empresa e também detalhou a própria trajetória profissional e pessoal, com destaque para o período em que esteve nas passarelas e a bagagem adquirida no exterior.

Origens

A família Noll é bastante conhecida no Vale pelo envolvimento histórico com o setor rodoviário e de transportes. O avô, Eugênio Noll, se tornou conhecido em Estrela pela voz inconfundível que anunciava a chegada e saída dos ônibus na Estação Rodoviária. “Ele era uma figura característica da cidade. As pessoas falam com saudades dos tempos dele”, comenta.

O tio, Nelson, é até hoje o administrador das rodoviárias de Lajeado e Estrela. Já o pai, Paulo, preferiu apostar em abrir o próprio empreendimento ao perceber que muitas pessoas utilizavam o ônibus como meio para transportar mercadorias a outros destinos.


“Nunca aceitaria ser vista apenas como a filha do dono” – Mariana Noll • Diretora de TI, Marketing e Pessoas da Rede Encomendas

Rogério Wink: Que valores da família você carrega?

Mariana Noll: De sempre trabalhar com a verdade. São valores que aprendemos em casa. E tento sempre transmitir isso ao meu filho de 3 anos, e aos nossos funcionários.

Wink: Como foi a tua formação?

Mariana: Estudei quase toda minha vida em Lajeado, no Madre Bárbara. Depois passei um tempo em São Paulo, onde trabalhei como modelo. Foi algo em que apostei e a família me deu liberdade. Cheguei a conciliar com os estudos, mas tive que interromper por um tempo para priorizar a carreira.

Desisti, voltei e conclui os estudos, e fui para a PUC, onde me formei em turismo. Aí, após uma experiência de dez anos numa multinacional, me voltei ao marketing.

Wink: O que a experiência nas passarelas de trouxe?

Mariana: O mundo da moda parece ser glamouroso, mas é puxado. E você passa a dar mais valor para as coisas simples, te vira sozinha. Foi um aprendizado que me trouxe uma bagagem grande, de saber se adaptar. Sempre digo que a minha casa pode ser uma mala.

Wink: Quais foram teus principais trabalhos?

Mariana: Fui com agências internacionais para fora. Trabalhava por temporada e cheguei a ir sozinha ao Japão. Fazia tanto a passarela quanto a propaganda de vídeo. Sempre digo que meu ápice foi ser investida por Giorgio Armani.

Wink: Para você, como foi entrar na empresa da família?

Mariana: Fui convidada pela primeira vez há seis anos, mas senti que não conseguia atribuir muito valor para a organização. E nunca aceitaria ser vista apenas como filha do dono. Aí, no período da pandemia, já morava em Lajeado, trabalhando em home office na multinacional onde atuava há 11 anos, quando veio novamente o convite do pai e do irmão. Não foi algo pronto. Conversamos e fiquei responsável por cuidar das pessoas, do TI e do marketing.

Wink: Como nasceu a Rede Encomendas?

Mariana: Ela nasceu de um sonho do meu pai, que começou a perceber que muitas pessoas levavam mercadorias nos ônibus, como um meio de transporte de encomendas. Ele sempre tinha o sonho de construir algo para si. Aí começou, com um Uno e dois carros menores. O Uno continua até hoje com ele, temos bastante apego. Fazíamos as rotas do Vale do Taquari, de Santa Cruz e de Caxias.

Wink: Qual o perfil dos clientes no começo?

Mariana: Eram pacotinhos pequenos, alguns envelopes. Com o passar do tempo, ela cresceu. O pai adquiriu mais clientes, a organização aumentou como um todo. Mas o nosso foco inicial, que era entrega de encomendas com rapidez, continua.

Wink: Como é o processo para entrega da encomenda ao consumidor final?

Mariana: Nós temos hoje seis bases próprias e 13 pontos que são terceirizadas. Temos rotas já gerenciadas, mas como é carga fracionada, nem sempre sabemos o tamanho dela. Começamos com pacotinhos e encomendas, mas agora atuamos com pallets e toneladas. O grande desafio é gerenciar toda a carga que está vindo, entregar no outro turno ou, no máximo, no dia seguinte. E temos um sistema de monitoramento bastante flexível para melhorias.

Wink: Como está o trabalho de recursos humanos?

Mariana: Está começando, e nós queremos cada vez mais profissionalizá-lo. Olhamos mais para isso, e vamos gerando mais oportunidades e trabalhos nessas frentes. Hoje buscamos profissionais com ensino médio completo e procuramos oferecer incentivo para que os motoristas busquem algum tipo de qualificação. Antes o critério era olhar indicações do próprio pessoal que trabalha, mas gosto de gerar conflitos saudáveis. Dar oportunidade para quem já está e também aos de fora.

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