Inovar é resolver problemas

Opinião

Rafael Zanatta

Rafael Zanatta

Head do Vibee Unimed

Inovar é resolver problemas

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Existe atualmente uma falsa percepção que a inovação depende da tecnologia para existir. Ou seja, que só poderíamos chamar algum projeto de “inovador” se ele tivesse na sua essência uma estrutura tecnológica que fizesse ele ficar de pé.

No entanto, inovar vai muito além de simplesmente utilizar a tecnologia para fazer alguma coisa. Para mim, a inovação existe quando um problema que realmente atrapalha a vida das pessoas ou organizações encontra alguém com a visão e vontade para por um fim nesse situação.

E é na etapa da definição do problema que precisamos dar o foco se quisermos ter sucesso na iniciativa de inovação. Entender como o problema afeta a vida das pessoas, qual o grau que as pessoas estão desconfortáveis com ele e principalmente qual o número de pessoas que gostariam que ele não existisse é uma etapa fundamental para a decisão sobre a necessidade ou não de um novo produto ou serviço para aquilo.

Pensa: já existem tantos produtos e serviços à disposição das pessoas. É preciso realmente criar mais um para resolver um problema que já possui solução?

Quando olhamos para o lado bate aquela sensação de que tudo já foi criado e que seria difícil fazer algo diferente, mas daí surge um Ifood, um Uber, um Airbnb e tantas outras empresas que perceberam que existia um problema real incomodando as pessoas, mesmo que naquele mercado já existisse grandes empresas oferecendo produtos e serviços para esses clientes.

Ou seja, existem sim oportunidades. Todos os dias pessoas no mundo inteiro utilizam produtos e serviços que não as satisfazem plenamente, mas que na falta de um melhor são obrigadas a utilizá-los.

Os problemas estão aí para quem está disposto a enxergá-los e normalmente eles são vistos por aqueles que não estão mergulhados no modo tradicional de fazer as coisas. É por isso que as empresas estabelecidas precisam ficar espertas para não perder de vista as necessidades reais dos seus consumidores e não simplesmente ficar empurrando goela abaixo o que já existe só porque é mais fácil e já está pronto.

Tenha cuidado com a tentação de sair criando um monte de produtos sem que eles tenham uma relação direta com os problemas que as pessoas estão vivendo. É por esta razão, inclusive, que uma das frases mais ditas no mundo das startups é para que o empreendedor se “apaixone pelo problema, e não pela solução”. Ou seja, uma vez que você entendeu o que realmente incomoda determinadas pessoas, fica mais fácil construir algo que as faça superar isso, independente do que seja.

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