Um elo entre literatura e literatura e cinema, que resulta em descobertas e novos potenciais. Esse é o projeto de extensão “Linguagens: Palavras e Imagens”, da Univates, que proporciona que estudantes de Ensino Médio do Vale do Taquari adaptem obras literárias para o audiovisual.
Neste ano, o tema é “Histórias Extraordinárias”, que envolve ficção de terror, horror e suspense, e resultará no VIII Festival Escolar Regional de Cinema e Literatura, que ocorre dia nove de novembro, na universidade.
Conforme os professores orientadores do projeto, Flávio Meurer e Rosiene Haetinger, o objetivo é estimular os estudantes a uma leitura diferenciada das obras que eles já têm contato em aula, a partir do desafio de adaptá-las para vídeo. Para isso, são propostas atividades de discussão e capacitação, com rodas de conversa, palestras e oficinas.
Gênero de acordo com a idade
Conforme Meurer, o gênero terror e horror tem aceitação entre o público jovem, que consome tanto literatura quanto audiovisual com essa temática. “Entendemos que isso poderia servir de estímulo para a participação desses estudantes, que além de aprenderem, poderiam se divertir”, afirma.
No Colégio Teutônia, cerca de 40 alunos participaram do bate-papo com os extensionistas. O professor de Língua Inglesa, Afonso Markmann, conta que os alunos também compartilharam suas experiências pessoais com livros e filmes de terror.
“Eles se sentiram à vontade em expor suas ideias e opiniões, demonstrando até certo olhar crítico quanto ao cinema contemporâneo do gênero”, conta. Até o momento, oito alunos demonstraram interesse em participar do Festival.
Novas habilidades
Conforme as professoras do IFSul Lajeado, Laura Imbriaco e Aline Diesel, na instituição alunos de três turmas diferentes tem interesse no projeto. Os estudantes participaram de atividades como cine-debate e oficina de produção de vídeos e fotografia.
Para a professora, o projeto ajuda a desenvolver a criatividade. “Eles podem atualizar o texto escrito, tirá-lo do papel, recria-lo na mídia virtual e dar sua pitada criativa na produção”, ressalta Laura. Os estudantes acreditam que o projeto ajuda a desenvolver habilidades de oratória, já que precisam atuar no curta-metragem, e trabalho em equipe. “Aqui no IFSul temos curso técnico, então eu acho bem importante para o pessoal que faz o curso de administração, saber usar as ferramentas de edição de vídeos”, pontua Mikael, estudante do segundo ano.
Sobre o Festival
Além do Colégio Teutônia e do IFSul, as escolas Sinodal Conventos, Vidal de Negreiros e Gustavo Adolfo já participaram das atividades. Cada escola poderá inscrever até 4 vídeos na categoria Ensino Médio.
O Festival será disputado em duas fases: a eliminatória e final, em que participam somente os classificados pela comissão julgadora. Serão selecionados, na fase eliminatória, até oito vídeos.