Esperada para o fim do ano, a conclusão e entrega das vias marginais, rótulas e túnel na ERS-130 deve ficar para 2023. O ritmo da obra, iniciada em fevereiro deste ano, desagrada usuários, empresários, autoridades e vereadores. Visualmente, o trecho desde a rótula existente em frente à indústria BRF até as imediações do centro administrativo do Grupo Imec já apresenta modificações. Em alguns pontos, os trabalhos estão mais avançados, com a preparação das ruas laterais, ainda sem asfalto.
Segundo o vereador e engenheiro do setor de projetos do município, Isidoro Fornari (PP), o Executivo está apreensivo com um possível atraso na entrega da obra. “Tivemos alguns problemas, em função das chuvas. Mas ainda temos um período razoável para a execução dos trabalhos. Vamos ver se vai ser cumprido”, comenta.
Fornari salienta que está em contato com a Giovanella, construtora responsável, para obter um cronograma definitivo à obra. “Estamos conversando com eles. Acredito que, a partir da semana que vem, quando se começa a ter menos chuva, o ritmo das obras seja intensificado”.
O investimento previsto à obra é de R$ 11,8 milhões. As novas rotatórias têm o objetivo de organizar as passagens de acesso para a rua Carlos Spohr Filho. A rótula existente hoje será destruída. Já o túnel será construído cerca de 200 metros da rótula atual e fará a ligação entre os bairros Moinhos e Moinhos d’Água.
Aposentadoria
Além da espera por retorno da empresa, Fornari comenta que, dentro do Executivo, é necessária uma reorganização na parte da fiscalização. Engenheiro concursado que havia sido designado para acompanhar a obra, Carlos Jaeger, se aposentou no mês passado.
Até o momento, não houve substituição na função. Um projeto de lei, aprovado na câmara de vereadores, prevê a contratação temporária de mais um engenheiro para atuar no Executivo.
Experiência traumática
O impasse sobre o cronograma de obras na ERS-130 repercutiu na sessão da câmara de vereadores dessa terça-feira, 11. O vereador Eder Spohr (MDB) demonstrou preocupação com um possível atraso e comparou com a evolução das obras de duplicação da BR-386.
“É uma obra que poderia estar mais rápida. É preciso resolver isso o quanto antes para que não cause mais transtornos. Já tivemos a experiência negativa do viaduto da avenida Benjamin Constant. Vai ser a mesma coisa, já podem se preparar”, afirmou.
Fornari entende que são casos distintos e não crê em um atraso nas mesmas proporções. “Aquela era uma obra bem diferente, com adequações diferentes e uma dificuldade maior na execução”, garante.