O reconhecimento por conquistar uma premiação sempre motiva o ganhador, ainda mais quando se trata da Expointer. Foi o que ocorreu com a família Balerini, da Agropecuária Nova Esperança, de Vespasiano Corrêa. Os associados da Dália Alimentos conquistaram a terceira colocação na categoria Qualidade do Leite, no 1º Prêmio Referência Leiteira do evento.
Além dos dados coletados desde o ano passado pela Emater/RS-Ascar, a comissão avaliadora considerou os índices qualitativos do leite, como a Contagem de Células Somáticas (CCS), Contagem Bacteriana Total (CBT) e toda a área utilizada para a produção. “Nunca fizemos o manejo pensando na premiação. Essa é a nossa forma de trabalhar. A grande mensagem do prêmio é que a qualidade que estamos alcançando e entregando para a indústria é um produto adequado”, conta o produtor Fabrício Balerini.
Tradição de décadas
A história da família na produção leiteira iniciou há 40 anos, com os pais de Fabrício, Selvi e Marlene, e os seus tios, o casal Vitelmo e Inês. Atualmente, o trabalho é feito pelos irmãos Fabrício e Fábio, e seus primos Leonir, Andreia e Andreza.
“Nos anos 1980, a renda principal da família era o fumo. Neste mesmo período houve uma mudança no rebanho e nos anos 2000 construímos uma estrutura de sistema Free Stall, que consiste no confinamento do rebanho com camas individualizadas.” Atualmente, são cem vacas em lactação, sendo que o rebanho totaliza 240 animais. “A média chega a 42 litros/animal por dia.”
Programas da Dália
A família integra os dois programas da Dália: Leite Saudável, atrelado à qualidade do leite; e Vale dos Lácteos, que trabalha na reprodução do rebanho. “A qualidade interfere na rentabilidade e, então, dificilmente se consegue ser eficiente e rentável se há problemas no manejo, como a higienização do ambiente. Um exemplo claro é em relação à mastite, cuja ocorrência afeta a qualidade do leite e influencia na média de produção do animal.”
Tecnologia + realidade
A atividade leiteira requer vários cuidados que vão desde o ciclo da terneira até o desenvolvimento do gado adulto. Por isso, há um ano, a família investiu em coleiras de monitoramento para averiguar os detalhes da rotina de todo o rebanho. “Ela ajuda a perceber se as atividades do gado, como ruminação e sua movimentação, estão normais.”
Fabrício ressalta que as tecnologias podem ser vantajosas, mas o produtor deve saber o momento de investir. “A primeira análise é se a tecnologia se paga. Outro fator é se o equipamento se encaixa com a demanda da propriedade. Por exemplo, hoje estamos com alta produção e, mesmo assim, ainda não enxergamos vantagens em adquirir um robô.”
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