Alta dos custos de produção, guerra na Ucrânia e maior disponibilidade do produto. Esses são alguns fatores que puxam para baixo o valor da carne suína e torna difícil a criação independente ou integrada.
O setor no Brasil vinha em uma crescente desde que a China passou a dizimar o rebanho por conta de problemas sanitários em 2019. Nesse meio tempo, também surgiu a possibilidade de ampliar em 100 mil toneladas a cota de vendas para a Rússia. Essa abertura de mercado, porém, foi frustrada com o início do conflito militar e a retomada do setor na Ásia.
Se não bastasse essa conjuntura internacional, o produtor e as empresas integradoras enfrentam a alta dos componentes da nutrição animal. O custo com soja, milho e outros insumos representa 81,58% do valor da produção. Com restrições no exterior e maior disponibilidade do produto, o preço da carne suína estagnou e hoje o criador opera com prejuízo.
Toda essa situação preocupa pelo fato de que o Vale do Taquari é a maior região produtora do RS, com 1,9 milhão de suínos abatidos em 2021. Para representantes do setor, é crucial o apoio do governo neste momento de dificuldades para evitar a desistência de produtores na atividade.
Como será o tempo em agosto
A semana começou com a mescla de fatores e oscilação de temperatura. Essa característica deve se manter durante o mês. Quem acreditava que havíamos superado o frio mais intenso do inverno, não é bem assim.
Os institutos de meteorologia indicam pelo menos três frentes frias com potencial de formação de geada no Vale. Há risco inclusive desse fenômeno se repetir em setembro e outubro. Em relação à chuva, a tendência é de precipitação com volumes que se mantêm na média histórica.
Demanda e preço atrativo
As condições do tempo foram razoáveis à apicultura e meliponicultura, de acordo com o boletim semanal divulgado pela Emater/RS. Entre os fatores que levaram a essa classificação estão os dias de chuva, nublados e de menor luminosidade, além das temperaturas mais frias e floração escassa.
Neste período, com alguns enxames em deslocamento, apicultores investem na ampliação e no início da atividade, estimulados pela demanda e preço atrativo, que oscila na faixa de R$ 20/kg. Além do mercado interno, a região também avança com a exportação do produto.
Criadores selecionam os melhores
Encerrou na segunda-feira, 1°, o prazo para a inscrição de animais nos concursos e exposições da Expointer. A feira terá mais de 5 mil exemplares, o número supera o do ano passado, quando participaram 2,8 mil. Eles poderão ser vistos em mais de 20 pistas para julgamentos e leilões.
Entre os inscritos, essa será a segunda participação do Pai de Fogo, finalista no ano passado em concurso que avalia a beleza e postura dos equinos. Ele pertence à cabanha Maufer, de Cruzeiro do Sul. A representatividade do Vale do Taquari também se dará por meio de outras espécies de animais e as agroindústrias. A 45ª Expointer ocorre de 27 de agosto a 4 de setembro, em Esteio.