Ao que tudo indica teremos uma eleição polarizada também no Rio Grande do Sul entre Eduardo Leite e Onyx Lorenzoni. O PSDB não tem base partidária em cidades menores e depende de outras siglas. Até por isso, lutou e negociou para ter o MDB ao seu lado, partido este com grande lastro pelo interior.
Já Onyx, que também padece de um partido forte no Estado, já que o PL é novo, vai na onda do presidente Bolsonaro. Para mudar o tabuleiro eleitoral, somente se os Progressistas (PP), maior partido do RS, conseguir fazer Luís Carlos Heinze decolar.
Ele já conseguiu isto na eleição para senador em 2018 tornando-se o mais votado, mesmo não sendo o favorito. E entre os partidos da esquerda, Edegar Pretto é o único que ainda tem esperança de chegar ao segundo turno, isto se conseguir associar sua campanha à de Lula. Tabuleiro posto à espera das próximas movimentações.
Os gaúchos sempre gostam de jogadas inusitadas, resta saber se, nesta eleição, ficaremos com a tática apresentada ou teremos passos ensaiados e que mudarão de forma significativa o resultado final.
Resquícios
O resultado da convenção demonstrou que o MDB rachou em pelo menos três partes. Uma segue forte na coligação; uma das alas derrotadas defenderá a chapa Onyx/Bolsonaro e a outra vai ficar em casa. O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, principal crítico da aliança com Leite, declarou:
“Triste e previsível espetáculo apresentou o MDB do Rio Grande do Sul. Uma cena ensaiada sem transparência, que macula o passado e compromete o futuro do partido. Política se faz com verdade e construção. Não foi o que vimos hoje.”
Reforço
As convenções partidárias definiram que Eduardo Leite terá Gabriel Souza (foto), MDB, como seu candidato a vice. E o PSD entra na coligação com Ana Amélia concorrendo ao Senado. Sobrou para o União Brasil, que seria vice de Leite e agora flerta com o candidato Onyx Lorenzoni.
Rasteira
Com a indicação da jornalista Ana Amélia (foto) para a candidatura ao Senado pela aliança com o PSDB e MDB, o atual senador Lasier Martins ficará sem espaço para disputar a reeleição.
O Podemos quer que Lasier dispute uma cadeira na Assembleia do RS, mas o jornalista prefere uma vaga na Câmara.
Sem verba
Após pressão da direção nacional do PSB e sem a possibilidade de acesso ao fundo eleitoral, o ex-deputado Beto Albuquerque (foto) renunciou e não disputará mais o governo do RS. O ex-vice-governador Vicente Bogo irá para a disputa no lugar de Beto.
São 20
Pelo levantamento do jornal A Hora, são 20 candidatos a deputados com domicílio eleitoral no Vale, sendo 15 a estadual e cinco a federal. Temos votos para eleger representantes e boas opções. Resta-nos a condição de analisar e fazer a melhor escolha. Ou lamentar por mais quatro anos.
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