Portugal tem sido a porta de entrada para muitos jogadores do Vale na Europa. Everton Giovanella, Cássio Scheid e Mateus Quaresma deram os primeiros toques na bola em clubes portugueses. Tentando repetir os mesmos feitos, Frederico Compagnoni Gross, o “Fredinho”, acertou com o Clube Desportivo de Sobrado.
Natural de Marques de Souza, o lateral-esquerdo chegou no clube no fim do mês de julho. Na equipe está treinando com a equipe profissional, mas com o objetivo de pegar experiência e se adaptar para depois buscar um clube maior ou permanecer na equipe. Hoje o Clube Desportivo Sobrado disputa a quarta divisão portuguesa, última divisão amadora antes de chegar na terceira divisão.
“Espero ter uma rápida adaptação, uma boa temporada e fazer carreira aqui.”
No clube Fredinho tem a companhia de outros cinco ex-colegas de Aimoré e Jaú. “Não pensamos duas vezes para aceitar esse convite.”
Experiência na base
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A última experiência no Rio Grande do Sul foi no Aimoré, onde nesta temporada jogou o Gauchão Sub-20 – Foto: Divulgação
Com 9 anos, Fredinho deixou Marques de Souza para se arriscar na base do Grêmio. Lá chegou para atuar no meio-campo, mas como era pequeno e franzino foi aos poucos sendo colocado na beirada do campo. Segundo o atleta, a decisão era para evitar contato direto com os jogadores mais fortes fisicamente. “Foi algo que veio por um acaso, mas que deu super certo e estou aqui até hoje.”
No Grêmio também fez a transição do futsal para o campo. Antes de chegar na capital, foi campeão estadual de futsal com o Rui Barbosa/Alaf.
Depois do tricolor foi terminar o infantil no Jaú, de Santo Antônio da Patrulha. A última experiência no Rio Grande do Sul foi no Aimoré, onde nesta temporada jogou o Gauchão Sub-20. “Cheguei a treinar entre os profissionais, mas não teve conversa para permanecer e fui para Portugal”.
Tratamento para crescer
Na infância, Fredinho iniciou um tratamento médico para estimular o crescimento. Durante um ano, todos os dias, fazia injeção com o medicamento, porém após esse ano, ficou inviável manter o tratamento. “Eu e minha família não conseguimos manter os altos valores.” Por mês, gastava em torno de R$ 1,5 mil.
Hoje, o lateral-esquerdo tem 1,73cm. “Com esse procedimento cheguei a crescer de cinco a sete centímetros.”