Aipim, macaxeira e maniva são alguns dos nomes atribuídos à mandioca, de denominação científica Manihot esculenta. Com produção em mais de 100 países, é um produto essencial na segurança alimentar de milhões de pessoas pelo mundo. Essa condição e o amplo potencial nutritivo fizeram a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) defini-lo como alimento do século 21.
Apesar disso, ainda há um potencial subaproveitado e iniciativas que não saíram do papel. Esse é o caso da produção de etanol ao transformar o amido presente na raiz em açúcar. Em relação ao cultivo de mandioca, o Vale do Taquari se sobressai comparado ao desempenho estadual e amplia a área em 25%. Desde 2014, a ocupação de lavouras com a cultura passou de 1,5 mil para 1,9 mil hectares. Já a produtividade teve um avanço de 13,7% no período, de 14 mil para 15,9 mil quilos por hectare.
O número de famílias envolvidas na atividade, de forma comercial, também aumentou de 1.032 para 1.194. Juntas, ampliaram a produção de 21,5 mil para 30,7 mil quilos. Em reta final de colheita, o preço pago ao produtor na porteira está em R$ 25 por caixa de 20 quilos. Entre as cidades que se destacam, Cruzeiro do Sul é responsável por uma produtividade média de 4,1 toneladas ao ano
Ambientes de inovação no agro
O Ministério da Agricultura inicia em setembro o Programa AgroHub Brasil. Essa iniciativa tem como finalidade promover a criação e amadurecimento de startups. Entre as ações previstas, o apoio em eventos e na captação de recursos públicos e privados para desenvolver os negócios em ambientes de inovação.
Hoje, de acordo com o ministério, o país conta com 1,5 mil startups ligadas ao agronegócio. No Vale do Taquari, entre os empreendimentos, a plataforma de marketplace Campear e o aplicativo de gestão na produção leiteira, Gestor RP.
Eventos impulsionam setor produtivo
A retomada de festas e feiras após hiato de dois anos promete programação diversificada e a valorização dos principais segmentos econômicos da região. Para os próximos meses estão previstos eventos voltados ao polo ervateiro, produção de aves e a integração do agronegócio.
Na agenda e com o primeiro lote de ingressos esgotados, a TeutofrangoFest ocorre de 19 a 21 de agosto na Associação dos Funcionários da Languiru, em Teutônia. Na sequência, de 8 a 11 de setembro, em Arvorezinha, tem a 10ª Femate e 2ª Festa do Jaracatiá. Ainda durante o mês de setembro, nos dias 23, 24 e 25, a 12ª Expowink, no interior de Estrela.
Tempo favorece semeadura do trigo
A sequência de dias de sol e temperatura elevada permitiram o avanço na semeadura do trigo, considerada a principal cultura de inverno. O excesso de chuva no mês passado e início de julho impediam a entrada de máquinas nas áreas de cultivo e com isso houve o atraso do plantio.
Ainda conforme o boletim semanal da Emater/Ascar-RS, as condições do tempo também foram favoráveis à oferta de pastagens para nutrição animal, embora ainda insuficiente para a demanda da bovinocultura leiteira.
Produção no Vale
3,6 mil hectares de trigo
60% a mais de área
45 sacas por hectare é o rendimento médio
R$ 108/sc é a cotação semanal no RS