A agricultura orgânica não é um modelo de produção tão simples. Há muito tempo se fala nesse sistema e são várias as etapas até obter a certificação da propriedade. A procura por hábitos mais saudáveis durante a pandemia fez a venda de alimentos livres de químicos aumentar em 63% no país.
Mesmo assim, o setor enfrenta desafios, entre eles, a dificuldade de ampliar escala sem perder as características e promover seus produtos a fim de obter o devido reconhecimento. Na disputa de espaço nos supermercados, o preço comparado aos produtos convencionais também refletem na opção de compra.
Como estratégia de aproximar os produtos da comunidade, os agricultores da região buscam novas opções de vendas. Uma dessas iniciativas é a nova feira em Lajeado. O ponto inaugurado ontem no bairro São Cristóvão e, que terá atendimento ao público nas quintas-feiras à tarde, é resultado da parceria entre o governo municipal, a Articulação em Agroecologia do Vale do Taquari e Emater/RS-Ascar. Vale a pena conferir!
Agricultura familiar na Expovale
Uma das maiores feiras do Vale do Taquari confirma espaço para a produção agrícola regional. Essa vitrine se cria a partir da parceria oficializada com o governo estadual e voltada à exposição e venda de produtos da agricultura familiar.
O período de inscrições e regulamento serão divulgados nos próximos dias. Na edição de 2018, participaram 50 empreendimentos do setor. Este ano a feira promovida pela Acil ocorre de 10 a 15 e de 17 a 20 de novembro, no Parque do Imigrante, em Lajeado.
Floração precoce e geada tardia
Apesar dos dias de temperatura acima da média para esta época do ano, a previsão indica frentes frias com potencial de geada entre agosto e setembro. Esse cenário preocupa em especial os produtores de maçã, pêssego e uva.
Com o período de dormência das plantas interrompido pela temperatura mais elevada, a floração e germinação ocorrem de forma precoce. Caso se confirme a geada nos próximos meses, pode comprometer o desenvolvimento dos frutos e a produtividade.
Além disso, outro fator atrai atenção dos produtores rurais. A manutenção do fenômeno La Niña gera temor de pouca chuva a partir da primavera.
Preço ao produtor reage
O valor de referência do leite projetado para o RS em julho é de R$ 3,41 por litro. O indicador, que considera apenas os primeiros dez dias do mês, foi divulgado esta semana pelo Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite (Conseleite).
Essa valorização é apenas uma pequena parte do valor cobrado nas gôndolas dos supermercados e não se aplica a todos. Para os pequenos produtores, conforme dados da Emater/RS-Ascar, o aumento médio na região foi de 40 centavos e mantém o preço na faixa de R$ 3/litro.
VALOR DE REFERÊNCIA
R$ 2,48 – maio
R$ 2,86 – junho
R$ 3,41 – julho
Fonte: Conseleite