O vereador Leonardo Bagnara (PSD) teve mandato cassado pela câmara por quebra de decoro parlamentar, na noite dessa terça-feira, 14, em sessão extraordinária. Foram seis votos favoráveis, número suficiente para o processo seguir adiante, e três contrários ao afastamento.
Eleito com 188 votos no pleito de 2020, Bagnara é acusado de divulgar fotos e vídeos íntimos com conotação sexual gravados no banheiro de sua casa e que teriam sido compartilhados com uma jovem de 17 anos.
Os advogados de defesa técnica, Felipe Henrique Giaretta e Camila Moraes Dal Molin afirmam que irão recorrer da decisão e pedir anulamento do inquérito. “Apontamos uma série de fatores no processo administrativo que acreditamos não ter seguido de forma legal e que serão questionados judicialmente”, pontua Giaretta.
Bagnara se pronunciou por meio de nota divulgada na manhã dessa quarta-feira, 15. Cita, como posto em outras oportunidades, que o erro se deu através de um golpe do qual foi vítima. “Nunca pensei ter minha moral julgada dentro de um ambiente público, de trabalho. Confio na minha defesa e acredito que a decisão ainda não é definitiva, já que será recorrida judicialmente”, justifica o vereador.
Conforme o procurador jurídico da câmara de vereadores de Muçum, advogado Gustavo Taborda, a defesa do vereador entrou com mandados de segurança. Entretanto, nenhum teve liminar expedida pela Justiça até o momento. Isso possibilitou a realização da sessão extraordinária.
“O próximo passo será emitir um decreto para formalizar o ato de cassação e oficiar à Justiça Eleitoral. O primeiro suplente do partido, Alex Fronchetti é quem assume a cadeira no Legislativo no lugar de Bagnara”, explica Taborda.