O programa Frente e Verso conta com programação especial hoje, às margens da RSC-453, no distrito industrial de Mato Leitão. A iniciativa visa reforçar a mobilização regional contra as más condições da principal ligação entre a BR-386 e a RSC-287.
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Para expor os problemas e buscar alternativas, participam do programa da Rádio A Hora, prefeitos, empresários, representantes do Ministério Público e líderes comunitários. A transmissão multiplataforma inicia às 8h10min com apresentação de Fernando Weiss e análise e comentários de Rodrigo Martini.
A queixa recorrente dos usuários é quanto a falta de investimentos estruturantes. Embora a Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) faça intervenções paliativas, a estrada apresenta ondulações na pista, buracos e falta de sinalização. Outra reclamação está relacionada à durabilidade do material aplicado na via.
Diante das dificuldades logísticas impostas pelas condições da estrada, representantes das associações municipais dos vales do Taquari e Rio Pardo encaminharam ofício para requerer audiência com diretores da EGR. Os líderes regionais cobram ações efetivas ou isenção da cobrança de tarifa na praça de Cruzeiro do Sul.
De acordo com o prefeito de Mato Leitão, Carlos Bohn, o trecho de cinco quilômetros, recapeado no mês passado, já apresenta defeitos e buracos em diversos pontos. “O material que eles usam não dura mais de dois meses.”
No entendimento de Bohn, é necessário acelerar o cronograma de obras a fim de evitar tragédias no trecho. Pontos entre Mato Leitão e Venâncio Aires apresentam os maiores problemas. Além dos buracos, a sinalização também é motivo de reclamações.
Em nota, a administradora da rodovia destacou que a recuperação dos 30 quilômetros iniciou em janeiro de 2020 e o cronograma prevê reparos profundos no pavimento, além de outros serviços básicos.
Construção de rótulas
A EGR também destaca que está prevista a construção de duas rótulas em Lajeado, uma no acesso ao bairro Floresta e outra próxima de área empresarial com maior fluxo de caminhões no quilômetro 29. A justificativa da estatal para o atraso nos serviços é a suspensão judicial da licitação.
Conforme a direção da EGR, o setor jurídico recorreu da decisão e aguarda julgamento do recurso. Em relação à suposta formação de cartel, apontada por concorrentes, a empresa estatal destaca adotar lisura em todas as licitações e que exige das participantes a qualificação conforme legislação e garantir a viabilidade dos serviços do contrato.
Convidados
- Carlos Bohn, prefeito de Mato Leitão
- Rogério Gottems, empresário
- João Dullius, prefeito de Cruzeiro do Sul
- Cristian Bergesch, empresário
- Jarbas da Rosa, prefeito de Venâncio Aires
- Pedro Rui da Fontoura, promotor de Justiça
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