“Não usamos nada de terceiros. Isso nos dá muita agilidade”

O Meu Negócio

“Não usamos nada de terceiros. Isso nos dá muita agilidade”

Poolseg foi criada há 27 anos e se consolidou no ramo de seguros. No programa “O Meu Negócio” desta semana, diretor Ervino José Scheeren destacou pioneirismo nos programas de qualidade e recordou trajetória profissional

“Não usamos nada de terceiros. Isso nos dá muita agilidade”
Conforme Scheeren, empresa cresceu a partir da implementação de processos de inovação e qualidade

De uma holding criada para abrir novas empresas, surgiu um dos principais empreendimentos do setor de seguros no Vale do Taquari. A Poolseg, que completa 27 anos de operações em 2022, se consolidou no ramo e hoje agrega clientes de todo o Estado. Também foi uma das pioneiras na região em investir e acreditar na qualidade de gestão.

A trajetória da Poolseg foi abordada na edição dessa segunda-feira, 2, de “O Meu Negócio”, programa multiplataforma do Grupo A Hora. O sócio e diretor, Ervino José Scheeren, deu detalhes sobre o surgimento da empresa, os desafios e as inovações do setor de seguros e também recordou a trajetória pessoal.

Natural de Linha Delfina, em Estrela, e filho de agricultores, Scheeren iniciou os estudos na escola da localidade e, quando fez 15 anos, foi para o internato em Taquari. “Permaneci por quatro anos, só ia uma vez por ano para casa. Foi um período extremamente importante na minha formação, e no meu caráter”, comenta.

Após concluir o curso técnico em Contabilidade, cursou Ciências Contábeis na Univates e se formou em 1977. Mas os primeiros passos profissionais se deram em uma empresa de eletrodomésticos de Estrela. “Depois, fui para uma indústria de bolachas em Boa União. E aí fui para o setor de calçados, em 1973”.

Scheeren viu a oportunidade de emprego na Calçados Reifer, de Teutônia, em um anúncio no Jornal Nova Geração. “Eles queriam um gerente de departamento de pessoal. Me candidatei e fui chamado. Fiquei à frente por sete anos e depois atuei na área de compras. Era um momento muito forte do setor calçadista na região”.

ENTREVISTA | Ervino José Scheeren, diretor da Poolseg Seguros

“A tecnologia sempre foi uma cachaça para mim”

Rogério Wink: Como foi ser líder do departamento pessoal de uma fábrica calçadista?
Scheeren: Quando comecei, a empresa tinha somente 69 funcionários. Tínhamos um trabalho pioneiro na região e recebemos visita até da Escola de Contabilidade, para ver como funcionavam nossos processos. Mas até os 700, 800 funcionários, a folha de pagamento era feita à mão. Depois a fábrica chegou a ter 3 mil funcionários.

Wink: Nesse período, você também ajudou a fundar o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria do Vestuário. Como foi essa experiência?
Scheeren: Foi algo muito importante na minha vida, principalmente se referindo à liderança e aprendizado. Era um sindicato com abrangência regional. Foi feito um trabalho intenso para conseguir reunir o pessoal. Tive a oportunidade de exercitar liderança perante os trabalhadores e empresários que faziam dissídios e negociações.

Wink: E quando foi a transição para o setor de seguros?
Scheeren: Depois que saí da fábrica em Teutônia, cheguei a morar um tempo em Novo Hamburgo, onde dei os primeiros passos como empreendedor. Mas voltei para Teutônia um tempo depois. Decidi ingressar em outro ramo, numa empresa de seguros, e depois, fundamos uma holding, a Pool Administração e Empreendimentos. Foi através dela, em 1995, que nasceu a Poolseg. Nas primeiras reuniões, decidimos fundar uma corretora. E aí comecei a atuar como gestor dela.

Wink: Como foi o processo de crescimento da empresa e qual o papel das pessoas dentro dela?
Scheeren: É uma simbiose. A Poolseg começou sua caminhada e, gradativamente, agregou mais clientes. À medida que isso acontecia, aumentava a necessidade de inovar nos processos. Esse é o grande desafio de qualquer empresa. A tecnologia passou a ter grande papel e conseguimos traduzir nossa necessidade em nível de processos.

Wink: O site da Poolseg tem um sistema muito prático de simulação de seguro. Vocês trabalham apenas com a informação que o cliente coloca ou o sistema busca em outro banco de dados?
Scheeren: No caso de veículo, basta informar a placa e ele dá toda a ficha corrida. Coisas que eram antes impensáveis. É uma tecnologia própria, desenvolvida pelo meu filho, o Vinícius, que é o nosso nerd da computação. A tecnologia sempre foi uma cachaça para mim, e ele seguiu nessa linha. Somos uma empresa movida através de sistemas próprios. Não usamos nada de terceiros. Isso facilita e nos dá muita agilidade.

Wink: Você foi um dos líderes na região na área de inovação e qualidade. Como aplica isso na empresa?
Scheeren: É uma coisa em que não há nada de novidade. Mas que deve ser feito. Para mim, o divisor de águas, a longevidade da empresa se dá quando aderimos ao Programa Gaúcho de Qualidade. Sempre acreditei nisso, nos expomos aos reconhecimentos. São estágios que passamos e isso, obviamente, me projetou perante ao mercado.

Wink: E a experiência de participar da ExpoDubai?
Scheeren: Foi algo espetacular. O que vimos foi um show de inovação, tecnologia e modernismo. Os países mostraram o mundo o que estão apresentando. E falando de Dubai, é uma cidade que não trabalha no dia de hoje, e sim planejam o futuro. Olham 50 anos para frente. Você enxerga um planejamento muito bem executado. Se faz, não tem enrolação nos ministérios por dias, meses e anos.

Wink: A que se deve a força econômica de Teutônia?
Scheeren: Acompanho desde a emancipação e participo efetivamente das entidades desde então. Presidi a CIC duas vezes, fui vice também. Atribuo o sucesso e crescimento de Teutônia justamente ao empreendedorismo do povo. Ao agronegócio, que é uma coisa espetacular. E o cooperativismo tem uma origem muito forte na cidade. Fora o calçado, que fez história e contribuiu para o progresso.


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