A partir de maio, a passagem de ônibus em Lajeado custará R$ 5 aos usuários. Projeto de lei que concede um ano de subsídio à tarifa do transporte coletivo urbano foi aprovado por unanimidade ontem, 26, na câmara de vereadores. O benefício é de R$ 1 por bilhete, o que impedirá um custo final de R$ 6.
A proposta foi protocolada semana passada e tramitou em regime de urgência no Legislativo. Na prática, a passagem aumentará 11% aos usuários, já que hoje custa R$ 4,50. O subsídio atual, de R$ 0,50, encerra no próximo mês. O reajuste será oficializado em decreto a ser publicado nos próximos dias.
Apesar da aprovação, houve contestações de vereadores. Sérgio Kniphoff (PT) sugeriu que o município conceda um subsídio maior para reduzir o custo ao trabalhador. “Sabem o que significa R$ 5 de passagem para quem ganha um salário mínimo? É um absurdo. E seria R$ 6. Esse é um projeto sensível. Outros municípios tem dado um suporte maior”, comenta.
Opinião compartilhada por Lorival Silveira (PP), que alerta para o fato de cada vez mais usuários buscarem transportes alternativos. “A minha preocupação é essa. Será que vão atingir a quantidade necessária de passageiros? Até acho que deveria ser um subsídio maior, pois o trabalhador vai sentir no bolso”, pontua.
Politização
Também foi aprovado o repasse de R$ 280 mil à Associação Comercial e Industrial de Lajeado (Acil). O valor será utilizado na organização da edição conjunta da Expovale e Construmóbil. Uma das quatro emendas, contudo, foi derrubada. Ela previa a prestação de contas após os eventos, bem como a devolução do valor aos cofres públicos em caso de lucro na feira.
Vereadores destacaram a importância da Expovale à economia regional, mas criticaram a “politização” da Acil. “Essa é a única ressalva que faço, e espero que a nova presidente despolitize a associação”, cita Márcio Dal Cin (PSDB). Kniphoff e Silveira também mencionaram o assunto. A matéria tramitava há um mês no Legislativo.
Dengue preocupa
A disparada nos casos de dengue repercutiu na câmara. Vereadores mostraram preocupação com o avanço da doença e cobraram ações e engajamento do poder público e da população. Éder Spohr (MDB) lembrou que já cobrava um combate mais efetivo ao Aedes aegypti em anos anteriores, mas que, na sua avaliação, pouco foi feito.
“Havia muitos focos. Mas não era feito de acordo. Agora estamos no caos. O que podemos falar é: calça comprida, sapato e, nas partes que ficarem de fora, usem repelente”, comenta. Já Heitor Hoppe (PP) pediu uma vistoria e limpeza do arroio Encantado. Segundo ele, o local está infestado de mosquitos.
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