O aumento na procura por consultas na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) obriga o município a rever o contrato com a prestadora de serviço, a Univates. Conforme o diário oficial de Lajeado, será feito um aumento de 25% na carga horária médica por mês.
A média de pessoas buscando o serviço se aproxima das 1,8 mil por semana. A unidade no bairro Moinhos D’Água tem capacidade para 6,7 mil atendimentos por mês, conforme classificação do Ministério da Saúde. O total de atendimentos hoje ainda está abaixo dos números de 2020 e 21, período em que a região viveu os maiores números de atendimentos devido a pandemia. No primeiro ano da chegada da covid-19, foram mais de 57 mil consultas. Número na mesma média do ano passado.
Conforme a gestão da UPA, a demanda por atendimento voltou a crescer em janeiro. Primeiro com os contágios por covid-19, da variante ômicrom, e agora com o surto de dengue.
Junto com a incidência das doenças, outros dois fatores interferem sobre a organização do atendimento. As férias de clínicos e afastamentos nos postos de saúde dos bairros. Pelo contrato com a Univates, com a saída de férias não há reposição e com menos profissionais nos postos, há uma migração para a UPA.
Esses fatores resultam em mais tempo de espera para os pacientes que chegam na unidade, admite o governo. Pelo novo contrato, há um acréscimo de 718,75 horas médicas, o que soma um total de 2.875 horas\mês.
Maioria dos casos são de baixa gravidade
O contrato para prestação do serviço entre município e Univates começou a valer em 2019. O formato de atendimento obedece o Protocolo de Manchester. O sistema por meio de cores divide os casos de menor gravidade daqueles pacientes que precisam de socorro imediato.
Pela tabulação da UPA, os casos de menor urgência tem uma média de atendimento de 1h36min. Mais da metade dos pacientes que buscam a unidade recebem classificação de pouca urgência, com atendimento de até duas horas da chegada. Perto de 20% são consultas na cor azul, em que poderiam ser resolvidas nos postos de saúde.
