O Ministério da Saúde anunciou a inclusão do Risdiplam no rol de medicamentos oferecidos pelo SUS. O remédio, que pode custar até R$ 70 mil, é usado no tratamento da Atrofia Muscular Espinhal, a AME.
O Risdiplam obteve o registro na Anvisa em outubro de 2020, e tem eficácia contra os tipos 1, 2 e 3 da AME. A substância é a primeira que pode ser administrada com uso oral e pelo próprio paciente, em sua casa. Outros tratamentos necessitam de acompanhamento especializado para ingestão.
A doença genética afeta a produção de uma proteína essencial para os neurônios que controlam os músculos e tecidos do corpo humano. Se manifesta em crianças de até 2 anos de idade, dificulta o desenvolvimento físico e reduz a expectativa de vida. De acordo com o Iname (Instituto Nacional de Atrofia Muscular Espinhal), a doença afeta aproximadamente um em cada 10 mil nascidos vivos e é a principal causa genética de morte em bebês.
Segundo o documento publicado no Diário Oficial da União pelo ministério, a previsão é de que o Risdiplam esteja disponível no Sistema Único de Saúde em até 180 dias. De acordo com a Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS), o impacto orçamentário deve ser de R$ 509 milhões nos próximos 5 anos.