Mais uma vez não deverá ser cumprido o prazo estabelecido para conclusão do viaduto da Avenida Benjamin Constant sobre a ERS-130, em Lajeado. Prevista para ser entregue no dia 26 de janeiro, a obra não avança desde o final do ano passado. O prefeito Marcelo Caumo reconheceu a necessidade de alterações técnicas no projeto, o que frustra a expectativa de finalizar os trabalhos no prazo.
Desenvolvido para ser uma ligação viária entre os bairros Florestal e Montanha, o viaduto também serve para oferecer mais segurança aos pedestres e facilitar o fluxo de veículos na ERS-130 e na Avenida Benjamin Constant. O impasse está no muro de contenção. São necessárias adequações no projeto, o que deve ser detalhado através um novo estudo técnico. “Serão necessárias mudanças técnicas no projeto”, confirma o prefeito Caumo.
O engenheiro da Administração Municipal, Carlos Jaeger (Calico), retorna de férias nos próximos dias e promete se inteirar sobre o andamento dos trabalhos.
Histórico
A obra está orçada em R$ 1,6 milhão com recursos oriundos do pacote de investimentos do Programa Avançar Cidades do governo federal. O início das atividades ocorreu em 12 de setembro de 2020. Em agosto do ano passado houve interrupção nos serviços em razão de ajustes técnicos ao projeto. Dois meses depois as máquinas voltaram ao local, porém em dezembro trabalhos foram interrompidos mesmo sem a conclusão.
“A gente tem medo de trabalhar aqui”
“Vizinho” da obra, o proprietário de uma lavagem de automóveis, Adriano Alves De Freitas, relata dificuldades em desempenhar seu trabalho devido a poeira e barulho decorrentes da reforma. Um muro foi construído entre a divisa da casa e empresa dele com o viaduto. Freitas aponta que existem rachaduras e risco do muro ceder. “Foi passado para nós que será feito um muro de contenção. A gente tem medo de trabalhar aqui. Para mim não importa o tempo que demore desde que seja seguro”, considera.
Outro caso é o da moradora do bairro Montanha, Jurilde Sgarabotto. Ela passa diariamente pelo local que está em obras. Segundo a lajeadense, em alguns horários há congestionamento de veículos. “A obra não anda, não fica pronto. A gente tem que sair 30, 35 minutos antes para não chegar atrasado. Antes demorava 11 minutos. Estamos torcendo para terminar logo”, comenta.