Nova lei aumenta controle sobre eutanásias em animais

Lajeado

Nova lei aumenta controle sobre eutanásias em animais

Governo silenciou e presidente da câmara promulgou matéria quase um mês após aprovação na câmara. Procedimento será autorizado só com laudo técnico

Nova lei aumenta controle sobre eutanásias em animais
Lei promulgada pelo Legislativo de Lajeado exige maior controle na prática de abreviar a vida de animais domésticos e de rua
Lajeado

Depois de quase um mês de espera, a lei que aumenta o controle na permissão da eutanásia em animais domésticos em Lajeado foi promulgada ontem pelo presidente da câmara de vereadores, Deolí Gräff (PP). A proposta aguardava sanção do prefeito Marcelo Caumo, que silenciou.

Apresentada pela vereadora Ana da Apama (MDB), a proposta tramitou durante pouco mais de um mês no Legislativo, antes de ser aprovada com apenas um voto contrário. A matéria altera trecho da lei que vigora desde 2019 sobre a criação de políticas de proteção e controle populacional de animais.

Segundo Ana, a proposta partiu da constatação de que a eutanásia se tornou um recurso muito utilizado devido ao alto custo de procedimentos cirúrgicos em animais domésticos Por isso, alguns tutores optam por esta prática, que é mais barata, mesmo quando há possibilidade de tratamento.

“A lei é para que se tenha maior controle. Não apenas nos centros de zoonoses e canis, mas também nas clínicas veterinárias. A eutanásia só pode ser a opção para doenças graves ou enfermidades transmissíveis que coloquem a saúde humana e de outros animais em risco”, explica a vereadora.

Fiscalização

A lei aprovada na câmara prevê, nos casos onde a eutanásia é permitida, seja feita uma justificativa, assinada por um responsável técnico. Também permite que as entidades de proteção animal tenham acesso irrestrito à documentação que comprove a legalidade do procedimento.

“Vou pedir à câmara que envie a lei às clínicas para que tenham conhecimento. Vou bater em cima, para que tenha fiscalização e relatório das eutanásias”, garante Ana.

A vereadora lembra também que a questão das eutanásias está relacionada a adoção responsável. “Se o cão ou gato for atropelado ou tiver uma doença, o tutor tem que pagar o tratamento. Ou então não deve ter animais. Não podem, simplesmente, matar seu animal porque é mais barato”.

Uma lei semelhante, em nível nacional, foi aprovada na câmara dos deputados e sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro ano passado. A proposta também obriga emissão de laudo técnico para eutanásias.


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