A grande maioria, senão todas as prefeituras do Vale do Taquari, fechou o ano de 2021 com uma arrecadação bem superior ao que foi projetado. Dos menores aos maiores, o dinheiro a mais que entrou no caixa dos municípios é significativo e mostra um efeito cascata provocado pela liberação de recursos públicos federais decorrentes da pandemia.
Lembro das épocas nem tão distantes, quando chegava outubro e novembro, prefeitos anunciavam turno único e contenção máxima das despesas para fechar as contas no azul. Claro, muito era fruto de má gestão. Mas outra parte também era do não recebimento de recursos da união e do estado.
A pandemia mudou definitivamente este cenário. A arrecadação superavitária não significa que as prefeituras estão “nadando no dinheiro”. Nada disso. Elas apenas acessam um patamar melhor de investimentos. E digo mais: se bem geridos, estes recursos que entram a mais do que a projeção, podem fazer a diferença no mandato destes prefeitos. Alguns inclusive, projetam e assumem obras que até pouco tempo estavam fora do alcance.
O pacto federativo pernicioso confere às gestões das cidades o menor montante do dinheiro arrecadado. União e depois o Estado abocanham grande parte dos recursos e o que sobra vai para os municípios. Mesmo assim, este ano (e 2020 já foi parecido) veio um poucos mais das esferas superiores.
O que também fica mais latente é a geração de dinheiro próprio nos municípios. Investimentos, especialmente nos setores de avicultura e suinocultura, começam a impactar na geração de caixa nas cidades onde o setor primário é o expoente da economia. Nas cidades onde a indústria e o comércio tem papel preponderante, a geração de orçamento também tem reagido, exceto em setores muito afetados pela pandemia.
Em síntese, 2022 começa com boas perspectivas para as prefeituras da região. E é bom que seja assim. As demandas e necessidades são muitas. E as oportunidades também. É producente que os prefeitos do Vale tenham poder de investimento para potencializar setores emergentes, como por exemplo, o turismo e ações para mitigar os danos da estiagem.
O disparo de casos da covid e a prudência necessária
O aumento expressivo dos casos de Covid no Vale e em todo mundo precisa ser tratado com a prudência e o equilíbrio que a situação merece. A grande notícia diante da explosão de testes positivos é a ocupação dos hospitais. Ao passo que o numero de casos ativos triplicaram em questão de dias, a ocupação dos leitos hospitalares, tanto internação quanto de UTI, continuam estáveis.
É preciso ter prudência. Mas é preciso também frear o pânico e a histeria. Se informar (com fontes seguras) sobre o contexto mundial da pandemia, a partir do olhar de diferentes especialistas, permite concluir que a Ômicron e esta nova onda de casos pode ser o fim da pandemia. Ainda mais rápida na propagação, mas bem menos letal. Para quem é vacinado então, os riscos de morte caem a índices muito baixos.
Tudo isso nos permite concluir duas coisas:
1º) as vacinas vieram para nos devolver a vida normal e nos proteger da maldição do covid.
2º) é importante ficar esperto com as notícias propagadas pelos apocalípticos do “quanto
pior melhor”.
Sejamos prudentes, mas não histéricos.