Até março deste ano, o escritor Max Telesca lança seu novo livro, “2047”. Continuação direta de “2038”, quando ele descortinou o processo de corrupção instalado no país durante as gestões lulopetistas, a nova obra vai se aprofundar sobre a jornada de corrupção que invade a máquina pública e, principalmente, sobre a importância do processo democrático.
Em entrevista ao programa A Hora Bom Dia, da Rádio A Hora 102.9, na manhã desta sexta-feira (7), Telesca pontuou que a corrupção é uma questão antropológica inerente ao comportamento humano. Afinal, as pessoas têm formas de viver em sociedade e sempre há atalhos. A forma como a corrupção invadiu o Estado, principalmente nas gestões petistas, é um exemplo disso.
“O que aconteceu depois disso foi a Lava Jato. E ela deve ser criticada porque, ainda que tenha apresentado soluções, também atropelou normas éticas. Muitas regras do Direito Penal foram atropeladas para encarcerar pessoas”, avaliou.
Esse processo de corrupção generalizada também alcançou o governo Bolsonaro. “O que o Bolsonaro fez foi ingressar com um novo discurso, de nova política, mas o que se viu na prática é uma família toda investigada por corrupção de valores baixos”, analisa.
E isso chega ao tema central do seu novo livro, que busca aprofundar o questionamento que a democracia tem recebido a partir de suas contradições e limitações – como a corrupção, por exemplo.
“A democracia é uma casa velha com problemas, mas é nossa casa. Não temos outra saída que não seja defender a democracia. Fora da democracia não há chance de fazermos um país melhor”, conclui.
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