A união de esforços público e privado tem possibilitado o Hospital Nossa Senhora Aparecida manter as atividades ao longo de quase 50 anos. Há cerca de um ano, vem recebendo reformas estruturais, investimentos em recursos humanos e oferta de novos serviços.
Por meio de um convênio assinado entre a mantenedora Associação Beneficente de Muçum (ABM), presidida por Davi Baroni e a prefeitura, a Casa de Saúde passará a disponibilizar a partir de fevereiro, exames de ecografia.
Os serviços serão realizados por equipe terceirizada mediante agendamento no hospital, via convênios ou de forma particular. Conforme o diretor do hospital, André Marcon, até então este exame era feito em municípios vizinhos, apenas o raio-x era feito em Muçum.
“Este deslocamento envolvia toda uma estrutura. Nós tínhamos que ceder uma técnica de enfermagem para acompanhar o paciente, o que deixava nossa equipe reduzida. E a prefeitura precisava disponibilizar uma ambulância para o transporte”, explica.
De acordo com ele, essa nova oferta permitirá que o município economize recursos com o transporte e os exames sejam disponibilizados de forma mais ágil. “Como eles eram feitos em outras cidades e a demanda era grande, em alguns casos, a espera era de 20 dias. Ao centralizar aqui, o resultado deverá ficar pronto em uma semana”.
Com cerca de cinco mil habitantes, Muçum ainda é uma das poucas cidades com número reduzido de moradores que disponibiliza Casa de Saúde para atendimentos de urgência e emergência. O hospital Nossa Senhora Aparecida possui convênio com os municípios de Muçum, Vespasiano Corrêa e Roca Sales. Juntando os três municípios, o valor total dos convênios chegam a cerca de R$ 105 mil por mês, sendo o maior aporte de Muçum.
Investimentos
Segundo Marcon, em um ano foram investidos cerca de R$ 500 mil na Casa de Saúde. Entre as reformas ele cita a ampliação da ala geriátrica que hoje atende cerca de 20 pessoas. O novo espaço que contará com energia fotovoltaica será inaugurado em março e disponibilizará 24 lugares no total.
Está sendo instalado também, um elevador que visa agilizar o atendimento. O equipamento deve ser inaugurado em fevereiro. “Em breve, por meio de emenda parlamentar em conjunto com o governo municipal, teremos também o nosso próprio equipamento para realizar os exames de ecografia”, pontua.
O diretor destaca ainda, que hoje o hospital possui um médico presencial durante o dia. No turno da noite e fins de semana o profissional fica de sobreaviso. “Há atendimento 24 horas e cerca de 40 profissionais atuando. Um total de 70 consultas de urgência e emergência são realizadas por mês.”
Saúde em foco, filas zeradas
No ano que passou a secretaria de Saúde zerou a fila de espera em várias especialidades médicas. De acordo com a secretária da pasta, Jayana Zanuzo, a atualização só foi possível por meio de recursos provenientes de emendas parlamentares com o apoio da prefeitura.
A prioridade foi para as áreas de neurologia e cardiologia e exames de imagem como tomografia computadorizada e ressonância magnética. “Esses exames são indispensáveis para o diagnóstico de doenças, por isso as filas eram extensas. Havia pacientes aguardando desde 2015 e que foram ainda mais prejudicados em função da pandemia”, observa.
Jayana lembra que foi possível também, auxiliar pacientes em mais de 100 cirurgias eletivas. “Quanto menos filas de espera em especialidades tivermos, mais poderemos focar na atenção básica e na prevenção à saúde, que é o objetivo de todo gestor”
