Governo avalia pedido de recuperação fiscal do RS

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Governo avalia pedido de recuperação fiscal do RS

Pedido do Executivo gaúcho foi oficializado na tarde de ontem. Tentativa de inclusão no programa para ajuste financeiro ocorre faz quatro anos

Governo avalia pedido de recuperação fiscal do RS
Governador interrompeu as férias para apresentar bases do pedido de recuperação fiscal para integrantes do Ministério Público, Tribunal de Contas, Legislativo e imprensa. (Foto: Divulgação)

O governo gaúcho encaminhou ontem ao Tesouro Nacional o pedido de adesão ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF). Desde a gestão de José Ivo Sartori o RS tentava ingressar no modelo exigido pelo governo federal.

O governador Eduardo Leite detalhou as principais medidas de ajuste adotadas nos últimos anos, ressaltando as mudanças aprovadas pela Assembleia Legislativa, e anunciou um plano para a quitação do passivo de precatórios até 2029.

De acordo com o chefe do Piratini, o Estado implementou reformas para reduzir o déficit previdenciário de R$ 13 bilhões em 2019 para R$ 10,3 bi no ano passado, além de ter quitado passivos de curto prazo, como o parcelamento dos salários e do 13º da folha do Executivo.

O governador anunciou a busca de financiamento de R$ 3 bilhões para pagamentos em acordos diretos com credores de precatórios. “O Regime de Recuperação Fiscal é uma solução e também um grande desafio”, afirmou durante transmissão pela internet na manhã de ontem.

Pela análise do Estado, a adesão ao regime e a consequente homologação do plano, permitirão quatro benefícios financeiros. Um deles é a retomada gradual dos pagamentos da dívida com a União, suspensos desde agosto de 2017 por liminar. O regime também permite a inclusão de dívidas com terceiros (BNDES, Bird, BB e BID) garantidas pela União no mesmo cronograma gradual de pagamento.

Outro benefício fundamental para o Estado é o refinanciamento em 30 anos com encargos de adimplência dos valores suspensos pela liminar do Supremo Tribunal Federal (STF), quase R$ 14,2 bilhões em aberto, além da possibilidade de contratação de operações de crédito com garantia da União para renegociação de outros passivos do Estado.

A homologação do pedido passa pelo presidente Jair Bolsonaro. Em caso de resposta positiva, a expectativa é que o regime passe a valer em junho.

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