A soma das perdas já contabilizadas na agricultura e pecuária de leite motivaram o prefeito de Vespasiano Corrêa, Tiago Manoel Ferreira Michelon a decretar situação de emergência por conta da estiagem. O relatório, que foi elaborado pela Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento, em parceria com a Emater/RS – Ascar, revela que até o momento, a estimativa de prejuízo ultrapassa a soma dos R$ 21 milhões. O Município aguarda agora a homologação do decreto por parte do governo do Estado.
“O decreto foi assinado no dia 22 de dezembro. Neste momento, estamos elaborando todos os relatórios das secretarias de Agricultura e Abastecimento e da Saúde, Meio Ambiente e Ação Social, para encaminharmos tudo ao governo do estado”, explica o secretário municipal de Agricultura e Abastecimento, Daniel Gavineski. De acordo com ele, o procedimento completo, com a resposta do governo do Rio Grande do Sul, é esperado para até 15 dias.
As maiores perdas, segundo o relatório da agricultura, estão nas lavouras de milho em grão. Cerca de 40% da safra já foi perdida com a escassez de chuva. “Nos últimos dias, foi registrada uma precipitação de 20 milímetros, porém esta chuva foi muito irregular e em alguns locais, o total acumulado não foi maior que 7 ou 8 milímetros”, diz Gavineski.
Depois do milho em grão vem a soja, com 30% de perdas. As lavouras de tabaco também registram uma quebra de 20% na produtividade, causada principalmente pela falta de umidade no solo, que associado ao calor excessivo do sol, prejudicam a planta que está na fase de colheita, todas consideradas culturas de verão.
Nos ervais as perdas estão na casa de 10% e na agricultura de subsistência – plantio de amendoim, batata-doce, batata inglesa, cebola, feijão preto e morango – os prejuízos estão na casa dos 40%. A soma estimada é de R$ 5,8 milhões.
Na pecuária, os principais prejuízos estão concentrados na produção do leite. A estimativa de perda é de 3,5 milhões de litros de leite, o que representa uma redução de 15% na produtividade das famílias. “Já o milho para silagem registrou uma queda de 16,8 mil toneladas na produtividade. Isto representa uma perda de 40% e um prejuízo financeiro de R$ 8,4 milhões. O total de perdas na pecuária é de R$ 15,2 milhões”, destaca o secretário.