“Começa na quinta, e segue na sexta, sábado e domingo”, uma moradora que não quis se identificar relata passar noites em claro e ter que trabalhar no dia seguinte. O barulho durante as madrugadas nos arredores da avenida Alberto Muller, próximo a Univates, já virou caso de polícia.
“Já fizemos Boletim de Ocorrência, tentamos contato diversas vezes com a Brigada para avisar que tem barulho, música alta, pessoal fazendo racha. Já fizemos abaixo-assinado, falamos com vereadores. Já fizemos várias ações. Estamos ficando muito inseguros”, conta a mulher.
Um grupo, com cerca de 30 vizinhos, foi criado no WhatsApp. Por ali, eles se comunicam e avisam sobre possíveis perigos em frente às casas. “Um fica cuidando do outro. É o que a gente tem combinado de fazer”.
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Outros moradores da vizinhança fazem o mesmo tipo de reclamação. A designer de interiores, Juseliane Arenhart, afirma que na noite dessa sexta-feira (17) o barulho iniciou por volta das 22h e não cessou antes das 3h deste sábado (18).
“O público se acumula nas ruas com som alto, fazendo baderna, cavalinho de pau. Essa noite foram duas motos insuportáveis. Esses carros não são necessariamente os frequentadores dos bares. Eles vêm aqui para ver o movimento e se divertir em frente a nossa casa”.
Além do barulho e da perturbação do sossego, o lixo acumulado no dia seguinte também é alvo de reclamações. O Ministério Público convocou uma audiência no dia 19 de janeiro, a partir das 14h30min, para tratar sobre o assunto.
“Estamos tomando todas as medidas para minimizar”
Responsável interino pela Secretaria de Segurança Pública de Lajeado, Vinícius Renner, reconhece problemas no local. “Nós sabemos daquela situação e estamos tomando todas as medidas para minimizar”.
O secretário em exercício, porém, revela que a lei não permite que algumas iniciativas sejam realizadas. “O que for desordem, baderna, nós podemos agir de imediato. Mas quando for perturbação do sossego, a parte interessada precisa estar junto”, acrescenta.
O município e a Brigada Militar reúnem esforços para coibir a algazarra. Para esta noite, uma operação está marcada. “Nós não abandonamos o lugar, mas não conseguimos ser onipresentes. Os excessos nós vamos coibir, como temos coibido junto com a Brigada Militar”, afirma Renner.