Este é o seu primeiro livro?
Este é meu primeiro livro de uma coletânea de quatro obras. É chamado de Luana Minguante. Cada um dos outros receberá nomes das outras luas. Cheia, Nova e Crescente, e por isso a coletânea é chamada de “Mulher de fases”.
Como surgiu a ideia da publicação?
Sempre foi um sonho. Aquela coisa de plantar uma árvore, ter filhos e escrever um livro. Desde pequena eu escrevia livros, tinha o hábito da leitura e adorava agendas e diários. Depois de adulta, fazendo terapia, esse hábito voltou. Comecei a retomar as minhas escritas, principalmente depois que fiquei mãe. Então esse processo se tornou mais necessário e profundo. Há pouco mais de cinco anos, logo que meu filho nasceu, publiquei um texto de crônicas do cotidiano e muitas pessoas começaram a dizer que se identificavam com o que eu escrevia. E essa cura, que antes era muito individual, começou a se tornar coletiva. Então reuni os textos que estavam nas redes sociais na coletânea.
Sobre o que fala a obra?
Eu trago vivências. São crônicas do cotidiano. Me denominei uma contadora de histórias reais. São situações, sentimentos, reflexões que eu tive ao longo desses últimos anos, de coisas que fui me deparando, descobrindo, seja na minha vida profissional, no meu papel como mãe, esposa, filha, como voluntária, nos meus grupos de estudos, amigos e eu ia transformando em crônicas. Tudo de forma cronológica mesmo. Este primeiro livro são os 20 primeiros textos que eu escrevi. Hoje são mais de 60 textos que tenho escritos e isso já me dá material para o restante dos livros da coletânea. Isso também faz esse caminhar mais genuíno, porque é possível ver como me transformei nesse processo.
O que pode destacar dessa produção?
O que mais gostei foi desse compartilhar, crescer em conjunto, dessa possibilidade de trazer um acontecimento da minha vida e receber um feedback de que isso acontece em outras casas também, outras famílias, em outros relacionamentos. E também essa abertura de que quem leu me olhe com outro ponto de vista e que isso possa trazer alguma mudança para a vida dessa pessoa.
Quais são suas inspirações dentro da literatura?
As minhas inspirações na literatura neste momento são pessoas que escrevem neste mesmo estilo. Li por muito tempo Martha Medeiros, e agora acompanho muito a Rafaela Carvalho, que é muito forte nas redes sociais, e já publicou alguns livros. Eu procuro essa interação nas redes sociais também.