Líderes traçam plano para recuperar protagonismo político do Vale do Taquari

eleições 2022

Líderes traçam plano para recuperar protagonismo político do Vale do Taquari

Encontro na Acil marcou início dos debates sobre importância de eleger representantes locais aos parlamentos estadual e federal. Painelistas destacaram necessidade de superar falta de representação

Líderes traçam plano para recuperar protagonismo político do Vale do Taquari
Estratégias para 2022 foram discutidas na reunião. Próximos debates devem contar com coordenadores regionais dos partidos. (Foto: Mateus Souza)
Vale do Taquari

Enquanto outras regiões do estado se fortalecem devido à sua representatividade política, o Vale do Taquari enfrenta dificuldade. Mesmo com quase 300 mil eleitores, não consegue emplacar nomes na Assembleia Legislativa ou Câmara dos Deputados. A divisão de votos entre candidatos de fora incomoda lideranças. Mas como mudar este cenário para 2022?

A busca por respostas para esta pergunta permearam o painel “Eleições 2022: Chegou a vez do Vale”. O debate, promovido pela Associação Comercial e Industrial de Lajeado (Acil) e a Câmara de Indústria e Comércio do Vale do Taquari (CIC-VT), lotou o salão de eventos da Acil ontem à tarde. Empresários e políticos – incluindo pré-candidatos – prestigiaram o encontro.

Estratégias para 2022 foram discutidas na reunião. Próximos debates devem contar com coordenadores regionais dos partidos. (Foto: Mateus Souza)

Os questionamentos foram endereçados a três prefeitos que integram a diretoria da Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat): Paulo Kohlrausch (Santa Clara do Sul), Marcelo Caumo (Lajeado) e Elmar Schneider (Estrela). Os dois primeiros são cotados a concorrer em 2022. O último levou ao debate a experiência de quem já foi deputado estadual por dois mandatos.

Candidaturas locais

Hoje, o Vale do Taquari conta com mais de dez pré-candidatos declarados a uma cadeira na Assembleia Legislativa ou Câmara dos Deputados. O alto número preocupa lideranças, já que representam diferentes partidos e municípios.

Nas últimas eleições, o percentual de eleitores que votaram em candidatos do Vale até cresceu, mas ainda longe do ideal. Em 2010, só 27,4% escolheram representantes locais. Em 2018, saltou para 43%. Só que não houve políticos da região eleitos no último pleito.

Ex-presidente da CIC-VT, Pedro Antônio Barth, acompanhou o debate e lembrou das dificuldades que teve quando comandou a entidade. “Estamos com as pontes quebradas a nível estadual e federal. Senti isso na pele. Eu tinha que me deslocar toda hora a Porto Alegre e Brasília. Isso pode ser feito por uma liderança, um representante nosso”, pontua.

O objetivo do debate, para os participantes, foi atingido. A vice-presidente de Administração e próxima presidente da Acil, Graciela Black acredita que a região está amadurecendo para esta discussão. “Precisamos ter um representante que não venha de outra região, que seja daqui e identificado com nossas pautas”, argumenta.

Já o empresário e ex-presidente da Acil, Nilto Scapin, entende que, com o painel, o primeiro passo foi dado. “Deu para perceber que o Vale precisa estar unido, mais do que nunca, nesta discussão. Tanto na classe política, quanto na classe empresarial e também na academia”, frisa.

Próximos debates

Mediador do painel, o vice-presidente de Relações Institucionais da Acil, Ardêmio Heineck, ressalta que o painel de ontem representa um “grande início” na discussão sobre a representatividade política local, com a participação de formadores de opinião.

Agora, Heineck projeta novas reuniões para 2022. Uma das primeiras intenções para o próximo ano é juntar os coordenadores regionais dos principais partidos representados no Vale.

“Vamos encaminhar, até os limites da lei, reuniões com as coordenadorias regionais dos partidos. E, quando for a hora, promoveremos debates nos principais municípios, para que o eleitor saiba definir em quem confiar o seu voto”, destaca.

 


Acompanhe nossas redes sociais: Instagram / Facebook.

Acompanhe
nossas
redes sociais