Como foi o seu início na música?
O início se deu por incentivo do meu pai. Com aquela velha história de ver os filhos na música, sempre buscava dar suporte para eu e meu irmão tocar algum instrumento e, futuramente, formarmos uma dupla. A ideia da dupla acabou não dando muito certo, mas o incentivo a tocar funcionou. Eu comecei tocando teclado, aos 7 anos, fazendo aulas até os 11 anos. Depois que parei com as aulas de teclado, surgiu a oportunidade de começar a tocar acordeon, já que eu tinha um tio que possuía o instrumento parado em casa. Fiz aulas de acordeon dos 12 aos 16 anos. Hoje acabo sendo autodidata com ambos instrumentos, geralmente tirando as músicas sozinho em casa.
Se lembra da sua primeira apresentação?
As minhas primeiras apresentações foram numa banda de baile que meu tio tinha no interior, lá por 2011. Era bem divertido a sensação de estar no palco, apesar de ser bem novo e não ter muita experiência. Hoje em dia percebo que aquelas primeiras apresentações contribuíram bastante para o meu conhecimento dentro da música. Já no cenário musical, comecei fazendo apresentações no colégio, até que fui convidado por alguns amigos a participar de uma banda, em 2013, a Mendigos de Terno. A partir de então, não parei mais.
O que fez você se dedicar mais ao teclado?
Tem várias coisas que ao longo do tempo foram me influenciando e me levando mais próximo ao teclado, às vezes mais próximo do acordeon. Mas acredito que o meu gosto musical e as bandas as quais fui sendo convidado a tocar e participar de alguns shows ao longo do tempo demandaram mais o uso do teclado, então foi um “incentivo” pra explorar ainda mais o instrumento.
O que é o diferencial do teclado em relação aos outros instrumentos?
Eu gosto muito do teclado pois ele é uma plataforma de efeitos, nele tu pode simular sons de praticamente todos os instrumentos musicais, então a gama de possibilidades que tu podes fazer sobre o teclado é muito legal. Acaba se tornando um instrumento que permite fazer bastante coisa diferente, indo além do som de piano e órgão, que são os mais comuns.
Como faz para conciliar ensaios e show em meio à rotina?
Atualmente, para conciliar a música com a vida profissional é necessário ter jogo de cintura e estar disposto a abrir mão de certos confortos. Geralmente quando tenho mais shows agendados é bem corrido, pois os ensaios são em Lajeado em um dia da semana, à noite, e no outro dia de manhã já tenho que estar em Porto Alegre. Então são noites mal dormidas e muita disciplina para ter as músicas sempre claras. Mas a música proporciona uma sensação única, é uma terapia. Então toda essa correria para deixar um show alinhado compensa muito ao final de cada apresentação.
Qual o show que mais te marcou?
Vou limitar a esse ano. Fizemos um show em pareceria com a Banda Kingsta e o Tonho Crocco, onde com certeza, foi uma das melhores experiências musicais que tive, tanto em relação ao público que veio junto e cantou com a banda, como também da profissionalidade do Tonho em trocar experiências, em conduzir o palco, dar andamento ao show. Foi algo bem grandioso e que guardo com muito carinho.
Tem algum sonho dentro da música?
Penso que o maior sonho é ter conseguido me desenvolver como pessoa e músico. Ter o reconhecimento de outros artistas da região, conhecer tanta gente boa e legal que integra o cenário na região e poder ver as pessoas felizes com a música que a gente toca, independe do local ou estilo. A música é algo bom porque te leva para novos lugares, novas pessoas, outros músicos. Então é uma experiência bem engrandecedora.