Reunião discute contrato do município com a Corsan

em Lajeado

Reunião discute contrato do município com a Corsan

Encontro marcado de forma extraordinária apresentou informações que devem embasar a decisão dos vereadores de autorizar o Executivo a seguir com as negociações do aditivo com a companhia

Reunião discute contrato do município com a Corsan
(Foto: Jhon Willian Tedeschi)
Lajeado

O futuro do abastecimento de água em Lajeado teve mais um momento de debate nesta terça-feira, 14. Uma reunião extraordinária no plenário da Câmara de Vereadores envolveu Executivo, Legislativo, governo do Estado e Ministério Público (MP).

Em discussão, a proposta de aditivo ao contrato da Corsan, para renovação da prestação de serviços por mais 40 anos, além da possibilidade da administração manter tratativas com a empresa.

O foco das manifestações esteve no trabalho desenvolvido pela Corsan em 12 anos de contrato com o município. Com muitas cobranças, a maioria das manifestações foi no sentido de questionar a atuação da companhia.

MP pode responsabilizar município

O promotor Sérgio Diefenbach disse que o MP está há muito tempo “olhando e cutucando” para a situação envolvendo a companhia e lembrou da estrutura da Corsan no bairro Moinhos que está inutilizada.

“Estamos sofrendo com a Corsan. Essas questões geram um desânimo popular, um desgaste nas relações”, afirmou o promotor. E garantiu que poderá haver responsabilização caso as coisas não mudem. “Se tivermos que entrar com uma ação, será contra o município de Lajeado”, finalizou.

Município busca recuperar prejuízos

Da parte do Executivo, o prefeito Marcelo Caumo argumentou que é um tema complexo para análise e falou sobre a preocupação em não incorrer nos mesmos erros do contrato atual.

Caumo afirmou que Lajeado se sente prejudicada na proposta do contrato, ao destacar a oferta de outorga para os 50 municípios mais atrativos, no entendimento da companhia. “Nessa negociação precisamos equiparar o prejuízo sofrido.”

Estado rebate apontamentos

Representando o governo do Estado, participou o promotor Juliano Heinen. Ele apresentou dados e comparou o plano de concessões a um casamento, “que precisa ser discutido a todo o momento”.

Ele propôs ao legislativo apresentar uma proposta que atenda as necessidades da população e também esteja de acordo com as normas do Marco Legal do Saneamento. E rebateu a algumas críticas dos vereadores, sobretudo Deolí Gräff, que o caracterizou como um “vendedor”.

Base aliada quer votação hoje

Da parte dos vereadores, Márcio Dal Cin falou sobre o relatório elaborado por um grupo de vereadores, o qual foi encaminhado para diversos entes e não teve resposta. E foi enfático ao questionar. “Se não foi feito o trabalho adequado em 12 anos, o que será feito em 40? Se não teve cobranças, por que isso não aconteceu?”

Outros vereadores da base, como Lorival Silveira, Heitor Hoppe e Mozart Lopes, pediram a confiança dos colegas de mesa para encaminhar o PL que ficou apto para votação.

O projeto de lei enviado pelo Executivo, que autoriza a administração a manter as tratativas com a Corsan não está na ordem do dia da sessão de hoje, mas ainda há possibilidade de entrar na pauta.

Ouça a entrevista completa:

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