“Subo na torre da igreja umas quatro ou cinco vezes por mês”

Abre aspas

“Subo na torre da igreja umas quatro ou cinco vezes por mês”

Desde criança, Érico Beuren, 62, participava da vida religiosa, com o exemplo dos pais que auxiliavam nos serviços da comunidade. Mais tarde, o envolvimento continuou de forma voluntária na Igreja Matriz Santo Inácio de Loyola, e faz 7 anos que ele foi convidado para trabalhar na paróquia. Entre as atividades que desempenha, está a manutenção da torre da igreja, com o relógio e os sinos.

“Subo na torre da igreja umas quatro ou cinco vezes por mês”
(Foto: Bibiana Faleiro)
Lajeado

Qual é o teu envolvimento com a Igreja e com a religião?

Desde criança participava da Igreja. Meus pais sempre estavam ligados à religião, principalmente meu pai que sempre ajudava a comunidade. Por ser uma família grande, era comum que os filhos homens fossem para o seminário. Então, aos 11 anos, entrei no seminário, mas com 18 anos resolvi sair.

Como é o teu trabalho?

Meu trabalho principal é na parte externa da igreja, serviços gerais, manutenção do pátio, abrir as salas para a catequese e reuniões, cuidar do relógio. E nos dois últimos anos, em função da pandemia, me dediquei mais ao serviço da caridade juntamente com as senhoras que sempre a organizaram. Também ajudo nas missas.

Sabe quantas vezes subiu na torre da igreja nestes anos?

Não faço ideia, mas subo umas quatro ou cinco vezes por mês. Eu também subo para ver os sinos e fazer a limpeza. E o relógio, por ser antigo, de tempos em tempos acaba desregulando, então precisamos subir na torre para arrumá-lo manualmente novamente. O relógio funciona assim: ele bate a cada 15 minutos. Primeiro uma vez, depois duas, três e quando fecha a hora, ele bate quatro vezes e mais a quantidade de horas que são. Por exemplo, se são três horas, bate mais três vezes. Se for meia noite, bate mais 12 vezes. Já os sinos batem na hora da missa, mas é feito de forma manual. O relógio e os sinos nunca podem bater na mesma hora. Muitas pessoas também vêm nos visitar e pedem pra subir na torre, e eu acompanho.

O que te faz ter esse envolvimento com a Igreja por tanto tempo?

Acredito que foi uma coisa natural, pela minha família sempre estar ligada a comunidade. Gosto de participar da comunidade, ajudar nos almoços, vender os cartões, ajudar na missa, no presépio que vamos começar a montar agora. Mas o envolvimento maior, que me motiva por tanto tempo, acredito que seja pelas pessoas que conheci por causa da Igreja, e dos amigos que fiz através dela.

Qual é o teu sentimento em poder auxiliar a comunidade desta forma?

Fico muito feliz em poder auxiliar a comunidade em tudo que posso, o sentimento maior é de gratidão.

Teve algum momento que foi marcante pra ti?

O momento mais marcante para mim durante o ano sempre é a montagem do presépio na Igreja, pegar os pinheiros, enfeitar as árvores.

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