Em um dos trechos mais movimentados do município, a saída de uma lanchonete aumenta o risco de acidentes e, por vezes, tumultua o trânsito. Localizada na esquina da Av. Senador Alberto Pasqualini com a rua General Mallet, a saída do drive-thru do estabelecimento fica entre três sinaleiras.
Nos horários de pico, em especial no fim da tarde, o alto fluxo interfere sobre a segurança dos condutores. Tanto que nesse fim de semana aconteceu uma colisão entre um carro e uma moto no local.
Esse perigo se acentua pela pouca visibilidade de quem está na saída quanto quem trafega no sentido Centro ao bairro São Cristóvão. A reportagem esteve no local na manhã de ontem. Durante 15 minutos, foram pelo menos cinco episódios que poderiam ter acontecido uma colisão.
Falta de educação em uma “roleta-russa”
Usuários citam a imprudência de motoristas como uma das principais causas dos problemas no trecho. Empresária das proximidades da lanchonete, Márcia Beatriz da Rosa considera a saída do local “como uma outra qualquer” e atribui transtornos à falta de educação. “Algumas pessoas passam o sinal vermelho, o que dificulta logo adiante para quem vem da General Mallet.”
Para Pablo Michel Ávila, morador da região, a saída é complicada devido ao número de passagens. Ele também ressalta a desobediência à sinalização como fator determinante para os riscos e caracteriza os cruzamentos como uma “roleta-russa”. E completa. “Já vi muitos quase acidentes. O pessoal chega a parar no meio da pista para outro carro cruzar.”
A solução para Márcia é simples: maior cuidado dos motoristas ao trafegar pelo trecho. “É uma questão de prestar atenção. Fechou o sinal, você consegue sair. Logo em seguida tem outro sinal, você tem que parar. E assim o trânsito flui normalmente”, finaliza.
Solução em análise, mas sem prazo
O assunto é debatido entre Secretaria do Planejamento, Urbanismo e Mobilidade (Seplan) e pelo Departamento de Trânsito. Conforme o responsável pela Seplan, Giancarlo Bervian, o município está ciente do problema e analisa possíveis soluções.
Uma das abordagens seria aumentar o tempo dos semáforos. Assim, todas ficariam fechadas por tempo equivalente.
Porém, essa possibilidade foi descartada. “Prejudicaria o fluxo de todos que trafegam pela Pasqualini, por retardar muito o trânsito. Às vezes poucos segundos implicam em uma mudança muito grande em toda a sequência da onda verde que se faz daquele ponto até na Benjamin”, diz Bervian.
Sem ter uma solução em curto prazo, o município elabora um estudo de viabilidade para garantir mais segurança sem prejuízos ao fluxo.