Compartilhar desafios e conquistas é o propósito do projeto da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar no Rio Grande do Sul (Fetag/RS). A iniciativa com o apoio dos sindicatos locais e coordenadorias regionais leva equipe técnica às propriedades para conhecer as realidades, expectativas e necessidades dos pequenos produtores.
O projeto Fetag/RS em Conexão é desenvolvido em todo o estado e a caravana chega hoje ao Vale do Taquari para rodada de atividades no município de Cruzeiro do Sul. A programação inicia com visita na propriedade de Oldi Jantsch, em Boa Esperança Baixa, onde desenvolvem trabalho com sementes crioulas e plantas medicinais.
Após as visitas técnicas, que debatem políticas públicas nas áreas de habitação e crédito rural, ocorre às 18h, reunião com entidades sobre a “Década da Agricultura Familiar” no Solar dos Lagos, seguido de café colonial.
No segundo dia de atividades, com a presença do presidente da Fetag/RS, Carlos Joel da Silva, serão visitadas propriedades no segmento do leite, hortaliças e tabaco. Às 13h30min, também será promovida reunião com representantes dos sindicatos rurais do Vale do Taquari, Emater/RS-Ascar e autoridades municipais.
Em outras regiões, as maiores preocupações estão atreladas à sucessão rural, falta de energia elétrica e desvalorização das cadeias leiteiras e do tabaco. De acordo com o coordenador regional do Sindicato dos Trabalhadores Rurais do Vale do Taquari, Marcos Hinrichsen, trata-se de uma oportunidade de expor as principais carências e compartilhar experiências de sucesso.
“É o momento onde se encontram aqueles que negociam as políticas públicas e os principais interessados. O projeto ainda é uma forma da federação e do sindicato traçarem suas estratégias e avançar sobre as prioridades elencadas pelos produtores”, reforça Hinrichsen.
Sobre o projeto
O Vale do Taquari será a quinta região a receber o projeto do Fetag/RS em Conexão. Serão visitadas 12 propriedades rurais de Cruzeiro do Sul entre hoje e amanhã, onde abordam os temas: sucessão familiar, agroindústrias, habitação rural, crédito fundiário, vendas em feiras e outros.
Para o presidente da federação, Carlos Joel da Silva, o projeto é um sucesso. “Queremos dar voz aos agricultores familiares, ouvir deles quais as maiores dificuldades e prioridades”, ressalta Silva. Em relação à década da agricultura familiar, reforça o comprometimento na preservação do ambiente.
“O agricultor familiar é um guardião do meio ambiente, pois precisa dele para viver e produzir. No entanto, precisamos de políticas públicas que estimulem a produção de forma sustentável”, pontua.
