Desordem eleva risco no trânsito

Lajeado

Desordem eleva risco no trânsito

Tráfego intenso nos horários de pico e disputa de espaço entre pedestres e veículos são alguns dos problemas no viaduto da Ponte Seca

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Desordem eleva risco no trânsito
Ciclistas e pedestres disputam espaço com veículos vindos de todas as direções. (Foto: Felipe Neitzke)
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O início das atividades da Havan atrai grande público desde a inauguração, na quinta-feira, 4. Em paralelo, escancarou as dificuldades enfrentadas pelos motoristas nos arredores do empreendimento, sobretudo, para quem vem da Rua Bento Rosa e BR-386, na ponte seca. Quem sai da loja e tenta seguir para a rodovia também enfrenta percalços. Condutores definem o trecho como “bagunçado” e “caótico”.

Moradora de Estrela, a operária Eva Cardoso afirma que o trânsito é confuso, sem controle e fica ainda mais problemático em dias de pico. Dessa forma, seria importante reforçar a sinalização e garantir o monitoramento constante. “É fundamental termos um ou mais guardas para cuidar daquele trecho. Senão, se torna uma bagunça e ninguém respeita”, opina.

Para o casal Marlice Lauschner e Aurelio Bronstrup, de Teutônia, os visitantes deveriam ser melhor orientados, principalmente quem não conhece o trecho.

E os pedestres?

Um casal de idosos, que preferiu não se identificar, questionou a falta de segurança do trecho. Eles moram no Bairro Carneiros e realizam caminhadas na nova orla do Rio Taquari. Por isso, precisam utilizar a região.

A demanda é pela construção de uma passarela, faixa de segurança ou sinaleira. Outra sugestão seria repensar a entrada da Havan. “O risco é iminente. Vão esperar alguém ser atropelado e morrer para algo ser feito. Só olharam o capital e deixaram as pessoas de lado. É lamentável”, reclamam.

A reportagem do Grupo A Hora testemunhou vários pedestres e ciclistas em situação de risco quando tentavam passar pelo trecho. Alguns chegaram a abortar a travessia por conta do tráfego pesado e velocidade dos veículos. O gargalo maior é para quem precisa se deslocar para o outro lado da rodovia.

Fiscalização

Conforme o chefe operacional do Departamento de Trânsito da prefeitura, José Gabriel Becker, a fiscalização ocorre em tempo real aos sábados e domingos. Nos demais dias, apenas nos horários de pico, como início da manhã, ao meio-dia e final da tarde. Ontem, 8, mesmo com a presença dos azuizinhos, foi possível flagrar conversões inadequadas e desrespeito às preferenciais. Por pouco, não ocorreram colisões.

Becker explica que o movimento maior é nas alças de acesso e na Bento Rosa. “O pessoal ainda não percebeu que é possível utilizar a rua nova, junto ao Parque Ney Santos Arruda, como rota alternativa para evitar a Bento Rosa”, explica.

Segundo ele, mudanças não foram definidas ainda, mas deverão ocorrer de acordo com o acompanhamento feito pelo setor de trânsito. O que já está previsto é um reforço na sinalização para tentar amenizar os problemas.

Acesso à loja

O inspetor-chefe da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Paulo Reni, afirmou que não havia recebido relatos de congestionamentos na rodovia. Contudo, será feita uma verificação no trecho para avaliar a formação de filas.

“Estivemos reunidos com a Havan na semana passada e a empresa se comprometeu a facilitar o ingresso e a saída dos veículos no estacionamento. Se necessário, vamos conversar novamente. Não podemos ter reflexo na estrada”, afirmou o policial. Reni destacou que a concessionária CCR Viasul também está avisada sobre a situação e deve ficar vigilante.

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