Estado corta recurso para fraldas e município estuda forma de manter distribuição

LAJEADO

Estado corta recurso para fraldas e município estuda forma de manter distribuição

Piratini retirou a verba em 1º de outubro. Benefício é concedido a cerca de 250 famílias

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Estado corta recurso para fraldas e município estuda forma de manter distribuição
Município garante orçamento previsto para manter o benefício até abril de 2022. (Foto: Ramiro Brites)
Lajeado
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A administração de Lajeado estuda a melhor forma para manter a distribuição de fraldas geriátricas após o corte de repasse do Piratini. O governo estadual destinava verba de R$ 25 mil por mês. O valor foi cancelado em 1º de outubro. 

De acordo com o secretário municipal de Saúde, Cláudio Klein, o município ainda tem orçamento previsto para manter o benefício até abril de 2022. Depois dessa data, um novo sistema terá de entrar em ação para contemplar as cerca de 250 famílias que recebem as fraldas. 

A vontade de manter a distribuição existe. Falta definir como funcionará a entrega do material. “Será um programa de responsabilidade do município. Tem que providenciar recurso. Pode se dar pela Assistência Social ou pela Secretaria de Saúde”, diz Klein. 

As fraldas não são consideradas um item de saúde. Por isso, o apoio para famílias vulneráveis receberem o material deve passar pela Assistência Social. No momento, porém, a pasta não tem espaço para armazenar e distribuir o utensílio. 

Vereador contesta secretário

O vereador Jones da Silva (MDB) apresentou requerimento sobre a distribuição de fraldas. Ele pede celeridade para a resolução do problema e contesta que o auxílio esteja garantido até abril. “A informação que eu tinha é que teria só até dezembro. O meu medo é chegar em janeiro, com servidores em férias, e aí o município fazer uma licitação e ir atrás de um fornecedor”. 

Silva afirma ainda que o recurso destinado para as fraldas não é representativo no orçamento de Lajeado. Conforme ele, o Piratini tem menos condições de arcar com a despesa do que o governo local. “O município já delega muita coisa ao Estado. Consulta, cirurgias, tomografias. O que custa pegar o recurso que tem em casa para investir na saúde?”, questiona. 

Para o secretário de Saúde, Cláudio Klein, a forma como o governo estadual retirou o recurso foi inadequada. Ele reclama do tempo entre a comunicação do fim do aporte e o corte efetivo da verba.

“É uma má gestão do Estado. A portaria saiu no início de setembro. Fomos comunicados entre os dias 18 e 20, e o programa se encerrou no dia 1º de outubro”.

O documento foi publicado no Diário Oficial do Estado em 8 de setembro. 

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