Cidades enfrentam problemas para trazer médicos ao Vale

Política

Cidades enfrentam problemas para trazer médicos ao Vale

Sem preencher vagas, municípios precisam adaptar atendimentos

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Atualizado sexta-feira,
05 de Novembro de 2021 às 16:43

Cidades enfrentam problemas para trazer médicos ao Vale
Em Teutônia, a administração tem promovido rodízio de profissionais para garantir assistência à população (Foto: Divulgação)
Teutônia
Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

Municípios de diferentes portes na região enfrentam dificuldades para contratar médicos em distintas especialidades. Neste momento, um dos cenários mais notórios é registrado em Teutônia e motiva a preocupação das autoridades. De acordo com o secretário de saúde, Juliano Renato Körner, faltam sete clínico gerais e dois pediatras. As ausências ocorrem por afastamentos dos profissionais motivados por licença-maternidade e questões de saúde, além de diversos processos seletivos infrutíferos.

Körner sublinhou que se trata de um problema regional, pois a escassez já se observa há muito tempo. Para o titular da pasta, uma das razões desse panorama seria o desinteresse dos médicos em atender apenas determinada cidade. Outra diz respeito a certa incompatibilidade entre os projetos de carreira e as obrigações que precisam ser assumidas.

Salário não seria o problema

Ele acredita que a questão salarial não seria um empecilho, pois as remunerações variam entre R$ 8.770,36 e R$ 17.540,22 para clínico geral, e R$ 8.300,13 e R$ 11.366,78, aos pediatras. As informações constam no site do Executivo. “Há pouco, abrimos uma seleção junto à Saúde Univates e disponibilizamos cinco vagas. Recebemos apenas duas inscrições”, lamentou o secretário.

Enquanto a situação não é resolvida, o que se espera para o decorrer de novembro, a Secretaria de Saúde tem feito ajustes nos atendimentos das oito unidades básicas, com rodízio de médicos. A intenção é evitar que a população fique desassistida.

Na principal cidade da região, o quadro também é observado, embora em menor escala. De acordo com a assessoria de imprensa da prefeitura de Lajeado, o município está à procura de dois médicos: um ginecologista e um psiquiatra que estejam interessados em trabalhar em tempo integral.

Uma seleção também segue aberta por meio da universidade. A busca já dura quatro meses. Salários não foram divulgados. Enquanto isso, a saída tem sido adaptar as escalas para atender a demanda, em moldes semelhantes aos de Teutônia. Demais funções não apresentam problemas.

“Boas condições de trabalho”

Em nota, o presidente do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), Marcelo Matias, afirmou que a entidade atua em todo o Estado para garantir uma assistência adequada para a população e a própria valorização da categoria. Sobre os desafios enfrentados pelas prefeituras no âmbito da contratação, o mandatário elenca fatores capazes de influenciar o quadro.

“As boas condições de trabalho, remuneração justa, segurança e estabilidade são os principais fatores levados em conta pelo profissional na hora que ele decide onde vai ser exercer a atividade. Por isso, é importante haver um alinhamento de cada um desses tópicos”, completa Matias.

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